Feliciano comemora reunião da Comissão de Direitos Humanos sem manifestantes e volta a negar renúncia
Órgão aprovou nesta terça-feira requerimento que impede protestos dentro do plenário
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

O presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos), deputado Marco Feliciano (PSC-SP), voltou a dizer que não considera a hipótese de renunciar a presidência do colegiado e afirmou, nesta quarta-feira (3), que está “feliz” com o andamento dos trabalhos na comissão.
Isso porque os manifestantes estão proibidos de entrar no plenário onde acontecem as reuniões. Nesta quarta-feira, tanto os ativistas que são contra Feliciano como o movimento cristão que apoia o deputado foram impedidos de participar da sessão. A partir de agora, eles estão proibidos de participar das reuniões.
A CDH aprovou requerimento, feito por Feliciano, que prevê que as sessões serão “abertas, porém restritas”. Segundo o deputado, somente deputados, assessores e a imprensa serão autorizados a entrar no plenário para acompanhar as reuniões.
— Eu usei o regimento interno. Cabe ao presidente da comissão manter a ordem. A ordem precisa ser mantida. Semana passada houve tumulto, houve pessoas que acabaram se machucando.
Nesta terça-feira (2), o deputado Feliciano enviou ofício à presidência da Câmara dos Deputados, informando que a reunião seria aberta, mas com acesso restrito a deputados, assessores de parlamentares e profissionais da imprensa.
A nota foi divulgada pelo primeiro vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), desmentindo a informação de Feliciano. O presidente da CDH chegou a dizer que a presidência teria autorizado a restrição de acesso.
Mas André Vargas reitera que “foi apenas informado”. Segundo o vice-presidente da Câmara, “a prerrogativa de convocar as reuniões e manter a ordem no âmbito da Comissão é atribuição exclusiva de seu presidente”.
Reunião com líderes
Feliciano confirmou, também nesta quarta-feira, que vai participar da reunião com o colegiado de líderes na semana que vem. O encontro deveria ocorrer nesta semana, mas foi adiado porque o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) está de atestado médico.
Segundo Feliciano ele está disposto a receber todas as sugestões dos líderes, “desde que não seja para renunciar”.















