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Gasolina, diesel e imposto sobre crédito vão ficar mais caros, diz governo

Expectativa é de que a elevação aumente a arrecadação em R$ 20 bilhões neste ano

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Ministro disse que medidas irão reequilibrar as contas do governo
Ministro disse que medidas irão reequilibrar as contas do governo Ministro disse que medidas irão reequilibrar as contas do governo (Dida Sampaio)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou nesta segunda-feira (19) um pacote de tributação, aumentando quatro impostos que vão elevar a arrecadação do governo em R$ 20 bilhões no ano de 2015. Entre os tributos que vão pesar mais no bolso do consumidor estão os impostos dos combustíveis, o IOF (Imposto sobre Operação de Crédito) e os tributos de produtos importados.

De acordo com o ministro, a gasolina vai ficar R$ 0,22 mais cara e o diesel vai subir R$ 0,15 a partir do dia 1º de fevereiro nas refinarias do Petrobras. Esse aumento é decorrente do aumento da Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e do PIS/Cofins que incidem sobre o preço dos combustíveis.

No entanto, o ministro afirmou que a decisão de repassar o aumento dos impostos para a bomba, atingindo diretamente o consumidor, é da Petrobras. Segundo Levy, a intenção inicial era aumentar apenas a Cide, mas o governo resolveu repassar parte da elevação para o PIS/Cofins com o intuito de aumentar também a arrecadação dos Estados.

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Somente com esse aumento desses impostos, o governo vai arrecadar R$ 12,2 bilhões a mais em 2015. O impacto da Cide deve ser sentido somente daqui a 90 dias. Já o do PIS/Cofins passar a valer no primeiro dia de fevereiro.

Para que a arrecadação aumente de forma imediata, o governo elevou mais o imposto pago aos Estados, para daqui a três meses reequilibrar os valores. Mas, para as refinarias, o impacto final na gasolina e no diesel continuará sendo o mesmo.

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Operações de crédito

Levy anunciou também que a partir de fevereiro o IOF, que é a tarifa cobrada para os consumidores que realizam operações de crédito, vai subir de 1,5% para 3%. Segundo Levy, a taxa de 0,38% por operação está mantida.

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Em 2012, a presidente Dilma Rousseff reduziu a alíquota do IOF, que não época era de 2,5%, para os atuais 1,5%, com o intuito de facilitar o crédito, estimular o consumo e aquecer a economia.

Agora, três anos depois, o governo precisou dobrar a taxa para aumentar a arrecadação em busca do equilíbrio fiscal. De acordo com o ministro, todas as medidas têm o objetivo ajustar as contas do governo.

— O mundo mudou, o Brasil está mudando, a gente está tomando todas as ações, passo a passo, de forma a alcançar com o menor sacrifício possível o caminho necessário para retomarmos o crescimento da economia.

Com a elevação da tarifa do IOF, o governo deve arrecadar R$ 7,3 bilhões em 2015.

Cosméticos e produtos importados

Outras duas alíquotas foram reajustas para aumentar a arrecadação tributária do governo. O ministro da Fazenda informou que a incidência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos cosméticos será igual tanto para o setor atacadistas como para o setor industrial.

O intuito, de acordo com Levy, eé fazer com que a tributação seja homogênea entre os dois setores, sem pesar em nenhum dos lados da cadeia produtiva.

— Não envolve nenhum aumento de alíquota, meramente faz com que a tributação seja mais homogênea ao longo da cadeia de produção e distribuição. Terá um pequeno efeito arrecadatório, mas essencialmente é uma coisa de organizar melhor o setor.

Mesmo alegando que a equiparação do IPI na indústria de cosméticos não será repassado para o consumidor e que o objetivo final não é aumentar a arrecadação, o imposto vai aumentar a receita do governo em R$ 381,4 milhões no ano de 2015.

O PIS/Cofins de produtos importados é outra alíquota que vai ficar mais cara em 2015. Se hoje a importação de produtos é tributada a uma taxa de 9,25%, a partir da publicação do decreto do governo o imposto vai passar para 11,75%.

Além de aumentar a arrecadação do governo, a taxa também favorece a produção doméstica aumentando a competitividade dos produtos nacionais. Isso porque, esse aumento de 2,5 pontos percentuais devem ser repassados para o preço dos produtos importados.

— A medida não prejudica a produção doméstica. É uma coisa de correção da própria economia, visando a equiparação e permitindo maior competitividade da produção doméstica.

O aumento do PIS/Cofins dos importados vai aumentar a receita do governo em R$ 7,3 bilhões este ano.​

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