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Governo considera que proposta da Previdência não deve ter novas mudanças, diz ministro do Planejamento

Dyogo Oliveira diz que relatório de Arthur Maia atende às demandas parlamentares

Brasil|Do R7, com Estadão Conteúdo

O ministro Dyogo Oliveira
O ministro Dyogo Oliveira O ministro Dyogo Oliveira

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (25) que a reforma da Previdência não deve sofrer novas flexibilizações, apesar da pressão de servidores públicos contra a regra que torna mais difícil a obtenção do salário integral na aposentadoria de quem ingressou antes de 2003. "A gente acha que já está boa a proposta, não há mais nada para alterar", disse Dyogo.

Hoje mais cedo, servidores ocuparam o salão verde da Câmara dos Deputados em protesto contra a reforma da Previdência e a regra que prevê a exigência de idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres para que esses servidores possam se aposentar com o maior salário da carreira.

Dyogo voltou a dizer que o relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) atende às demandas dos parlamentares e que o governo está confiante da aprovação da proposta. O ministro disse ainda que a reforma traz "justiça previdenciária", uma vez que as regras abrangem trabalhadores dos setores público e privado, além de políticos.

"Alguns tratamentos especiais foram mantidos, mas de maneira muito justificada, como é o caso do trabalhador rural, que tem condição diferencial de trabalho, de mulheres, que terão idade um pouco menor (no INSS), mas será igual no setor público", afirmou.

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"A Previdência precisa ser reformada porque tem muitas injustiças, privilegia muitos grupos. Mais de 60% dos beneficiários recebem um salário mínimo, mas a maior parte do déficit é gerada por pessoas que ganham mais e se aposentam com 55 anos de idade em média", acrescentou o ministro.

Idade dos policiais

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Após almoço com o presidente Michel Temer, Maia afirmou que a regra definitiva da idade mínima dos policiais será definida juntamente com o projeto que vai estabelecer mudanças das regras dos militares. Até lá, a proposta da reforma da Previdência no período de transição os policiais terão que respeitar a regra de transição de idade mínima de 55 anos.

Esse foi o acordo fechado com os representantes das categorias de policiais, inclusive a Polícia Federal. A proposta de lei para aposentadorias de militares só será enviada ao Congresso depois de aprovada a PEC.

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PSB

Maia minimizou ainda a decisão da executiva do PSB em fechar questão contra as reformas da Previdência e trabalhista e disse acreditar que ela pode ser revertida. Segundo Maia, os governadores do partido que estavam no almoço mostraram apoio à reforma previdenciária.

"O PSB, o governador Paulo Câmara (PE) esteve aqui e é radicalmente a favor da reforma da Previdência, ele soltou uma nota hoje falando desse assunto. Então, eu não tenho nenhuma dúvida que os deputados do PSB e a própria direção poderão nos próximos dias avaliar com cuidado", disse.

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, estava presente. Já o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o terceiro que a legenda possui, não compareceu. Maia afirmou ainda que acredita que os parlamentares do partido sabem a importância das reformas, e ponderou que "respeita a decisão" da legenda.

Calendário

O presidente da Câmara disse ainda que acredita que conseguirá manter a votação da reforma da previdência no plenário no dia 8. Questionado sobre sua afirmação de que poderia adiar para o dia 15 a votação em plenário, Maia afirmou que tinha admitido essa mudança, se o governo não tivesse voto para aprová-lo.

"Mas quem disse que a gente não vai ter voto dia 8?", rebateu. Ao ser indagado se um adiamento do dia 8 então significaria que o governo não conseguiu votos até a data, Maia apenas respondeu: "não sei".

Maia disse ainda que Temer está confiante que a reforma será aprovada. Segundo ele, da última semana para esta há um "novo texto" e por ele ter sido negociado com os parlamentares a tendência é que a resistência às mudanças diminua. "Os deputados vão conhecer o novo texto e se sentir parte dele", disse.

Maia rechaçou ainda a possibilidade de novas mudanças no texto e afirmou que há um acordo com o relator Arthur Maia para que não se mexa mais no projeto.

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