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Governo nega ter antecipado a canadenses extinção de reserva

Reserva na Amazônia foi extinta e liberada para a mineração

Brasil|Diego Junqueira, do R7

Reserva abrange nove áreas de preservação ambiental
Reserva abrange nove áreas de preservação ambiental Reserva abrange nove áreas de preservação ambiental

O Ministério de Minas e Energia negou nesta segunda-feira (28) que o ministro Fernando Bezerra Coelho Filho tenha antecipado a empresários canadenses, em março, a informação de que a Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associadas) seria extinta e liberada para a exploração mineral. O fim da reserva foi anunciado na última quarta-feira (23).

A Renca é uma área de 4,7 milhões de hectares, rica em ouro e outros minérios, localizada entre o sul do Amapá e o nordeste do Pará. Nessa mesma área estão localizadas sete unidades de conservação e duas terras indígenas.

Meses antes de ser oficializada no Diário Oficial da União, a extinção da Renca foi divulgada pelo ministro de MInas e Energia em março, durante o PDAC (Prospectors and Developers Association of Canada), evento do setor realizado em Toronto, no Canadá. A revelação foi feita pela "BBC Brasil" no fim de semana.

De acordo com a reportagem, após as informações serem divulgadas em Toronto, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) montou uma Comissão de Mineração para tratar dos negócios no Brasil. Em nota enviada ao R7, a CCBC nega a informação e diz que a Comissão de Mineração existe há mais de dez anos "e que em junho passou a contar com um novo coordenador".

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O ministério nega que os empresários canadenses tenham recebido a informação de forma privilegiada. De acordo com nota divulgada hoje, a proposta “começou a ser discutida por técnicos do Ministério no segundo semestre do ano de 2016 e seus debates foram amplamente noticiados pela grande imprensa e pelos diversos canais especializados do setor”.

A pasta informa que o assunto já era tratado publicamente quando foi anunciado na feira canadense. “A informação foi transmitida, simultaneamente, a investidores e especialistas em mineração de todo o planeta, não apenas aos canadenses. Uma rápida pesquisa a qualquer site de buscas pode ajudar na coleta de informações corretas sobre o assunto”.

Sobre o evento de março em Toronto, a Câmara de Comércio canadense declarou que as informações divulgadas são "públicas". "O PDAC é uma feira de caráter internacional, onde diversas autoridades e agentes do setor de mineração se reúnem, desde pesquisadores até investidores. A edição do evento em questão registrou a presença de visitantes de 125 países, entre os quais: Estados Unidos, Austrália, Peru, Reino Unido, México, Brasil, Chile, China, Canadá, Argentina, Alemanha, África do Sul e Finlândia, além da imprensa do mundo todo. Portanto, toda a informação divulgada no PDAC é de caráter público", informa a nota.

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