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Jean Wyllys defende decisão do PSOL de não punir alianças com DEM, PSDB e Lula

Executiva do partido decidiu, por 8 votos a 7, absolver os citados

Brasil|Filippo Cecilio, do R7

Deputado federal Jean Wyllys é contra a punição de membros do PSOL no Amapá e Pará por causa das alianças nas eleições municipais
Deputado federal Jean Wyllys é contra a punição de membros do PSOL no Amapá e Pará por causa das alianças nas eleições municipais

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) defendeu na última sexta-feira (9) a posição da Executiva Nacional de seu partido de não levar para o Conselho de Ética da legenda o prefeito eleito de Macapá, Clécio Luís, e Edmilson Rodrigues, candidato socialista derrotado à prefeitura de Belém.

Clécio se elegeu prefeito com o apoio do DEM e de parte do PSDB do Amapá. Já Edmilson teve como cabos eleitorais na disputa pelo segundo turno belenense o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

O PSOL foi fundando por militantes expulsos do PT que discordavam das políticas implementadas durante a primeira gestão de Lula na presidência.

Clécio Luís é eleito novo prefeito de Macapá (AP)


Zenaldo Coutinho é eleito o novo prefeito de Belém (PA)

Wyllys aproveitou para criticar os setores do partido que advogavam pela punição aos dois correligionários.


— Não se pode satisfazer a indignação de estudantes universitários do partido que vivem das grandes capitais e que se acham no direito de julgar como deve ou não ser feita a política do PSOL no Brasil profundo.

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Para o deputado, as críticas à política de alianças feita pelos dois candidatos partiram de setores “intelectualizados, que travam suas lutas confortavelmente onde há certas garantias individuais, as liberdades individuais são respeitadas, e instituições como Ministério Público funcionam”.

A Executiva do PSOL ficou dividida sobre aplicar ou não algum tipo de punição. Foram oito votos a favor da resolução que não prevê punições para os dois contra sete favoráveis à que criticava as alianças feitas pelos dois candidatos e os encaminhava ao Conselho de Ética do partido.

O deputado baiano defende que é preciso levar em conta a conjuntura específica de cada região para estabelecer os apoios às candidaturas do PSOL.

— As realidades locais devem ser consideradas. A luta de Marcelo Freixo no Rio de Janeiro não é a mesma de Clécio em Macapá. Em Macapá, tratava-se de tirar do poder um grupo que funcionava quase como uma quadrilha. Não acho que as pessoas que estão na zona sul carioca ou confortavelmente em São Paulo possam determinar os rumos de quem está em Macapá, no Pará ou no Nordeste.

Apesar do resultado favorável na Executiva Nacional, ainda não está descartada a hipótese de punição partidária a Clécio e Edmílson. O Diretório Nacional do PSOL se reunirá no início de dezembro, em São Paulo, para um novo balanço do desempenho do partido nas eleições.

Como o diretório tem 63 integrantes, a situação dos dois candidatos pode mudar.

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