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Jean Wyllys e Laerte participam de ato contra Feliciano em SP

Comissão Extraordinária foi organizada por grupos ativistas em prol dos direitos humanos

Brasil|Filippo Cecilio, do R7

Feliciano enfrenta ações contrárias por todo o Brasil
Feliciano enfrenta ações contrárias por todo o Brasil DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e o cartunista Laerte participaram na noite desta quinta-feira (25) da primeira plenária da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Minorias – iniciativa de grupos de ativistas em prol dos direitos humanos que se opõem à presença do deputado Marcos Feliciano (PSC-SP) na comissão correlata da Câmara.

Laerte disse que o surgimento da comissão extraordinária vem da “necessidade de combater e rejeitar o radicalismo fundamentalista que tomou conta do espaço da Câmara”.

— Esperamos com isso fazer o avivamento desse debate, tirar a pauta de direitos humanos do gueto em se encontra hoje. Transformar isso num assunto das praças e das pessoas e criar um caldo crítico que vá contra o que estamos aí e com isso alimentar a atuação de parlamentares.

A ideia dos organizadores é que eventos como similares se repitam todas as quintas-feiras. Wyllys já anunciou que pretende realizar plenárias da comissão extraordinária no Rio de Janeiro e em Brasília.


A presença de Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara é contestada devido a declarações públicas suas que foram consideradas racistas e homofóbicas.

Na pauta da plenária estiveram alguns dos “temas proibidos” por Feliciano durante as reuniões da CDHM, como a união civil homoafetiva, regulação das profissionais do sexo e a liberação do aborto, além do próprio impasse em que se encontra a CDHM.


Para o deputado do PSOL, o principal mérito da atividade é o de pressionar as autoridades para que se debrucem sobre as pautas reivindicadas pelos grupos e movimentos que organizaram a plenária.

— Temos de fortificar nossa pressão sobre o Estado e o Judiciário. E precisamos ocupar todos os espaços que pudermos no sentido de nos pronunciarmos sobre acontecimentos que contestam a laicidade do estado e a justiça social. Esse evento é muito significativo por esse motivo.


Também estiveram presentes no evento os vereadores Nabil Bonduki (PT) e Paulo Rossi (PT), o secretário de Direitos Humanos da cidade de São Paulo, Roberto Sottili, e o ex-ministro da Justiça José Gregori, que manifestou apoio às reivindicações dos manifestantes e também criticou Feliciano.

— A Câmara cometeu um erro político ao colocar essa pessoa totalmente desequipada para presidir essa comissão.

Durante a audiência pública ainda foram abordado temas como a situação dos indígenas no Brasil, dos negros, da população carcerária, dos seguidores das religiões afro-brasileiras e da população de rua.

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