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Lava Jato: Ministério Público denuncia 36 pessoas por ligação com esquema de propina na Petrobras

Envolvidos são acusados por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Brasil|Marc Sousa, da TV Record, em Curitiba (PR)

Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e mais 34 pessoas foram indiciadas pelo MPF depois da Lava Jato
Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e mais 34 pessoas foram indiciadas pelo MPF depois da Lava Jato

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou 36 pessoas físicas nesta quinta-feira (11) suspeitas de participação no esquema de desvio de recursos e pagamento de propina na Petrobras, descoberto pela operação Lava Jato da PF (Polícia Federal). A denúncia foi feita na Procuradoria da República do Paraná, em Curitiba (PR).

Entre os denunciados, estão diretores e executivos de seis grandes empreteiras do País: Camargo Corrêa, Engevix, OAS, Mendes Junior, UTC e Galvão Engenharia. Do total de 36 denunciados, 23 são funcionários das empreiteiras. Os envolvidos são acusados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

As acusações envolvem desvios da ordem de R$ 1 bilhão no esquema criminoso, sendo que a corrupção total investigada só na Diretoria de Abastecimento, que era comandada por Paulo Roberto Costa, é da ordem de R$ 300 milhões.

De acordo com o MPF, "as empreiteiras pagavam propina para altos dirigentes da Petrobras em valores que variam de 1% a 5% do montante total de contratos bilionários, em licitações fraudulentas". Segundo o MPF, operadores financeiros distribuiram os recursos de 2004 a 2012, com pagamentos feitos até 2014.


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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acompanhou a apresentação do procurador Deltan Dallagnol, Procurador da República. Janot disse que o "trabalho será longo, não será breve". Dallagnol, por sua vez, disse que há uma "guerra contra a corrupção".


— [Havia] três núcleos principais que são objetos da acusação. O primeiro, são as empreiteiras. O segundo, os funcionários públicos, como Paulo Roberto Costa [ex-diretor de Abastecimento da Petrobras]. [...] O terceiro núcleo são agentes profissionais da lavagem de dinheiro, especialmente [o doleiro] Alberto Youssef.

Dallagnol explicou que o MPF descobriu que "as empresas simularam um ambiente de competição e, em reuniões secretas, elas definiam quem ia ganhar a licitação e quais as empresas que participariam de cada licitação. Temos aí, ambiente fraudado com cartas marcadas. [...] Havia um regulamento parecido ao um campeonato de futebol".


Veja a lista dos 36 denunciados pelo Ministério Público Federal:

Alberto Yousseff

Paulo Roberto Costa

Waldomiro de Oliveira

Carlos Alberto Pereira da Costa

João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado

Enivaldo Quadrado

Sergio Cunha Mendes

Rogério Cunha de Oliveira

Ângelo Alves Mendes

Alberto Elísio Vilaça Gomes

José Humberto Crunível Resende

Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini

Mário Lucio de Oliveira

Ricardo Ribeiro Pessoa

João de Teive e Argollo

Sandra Raphael Guimarães

João Ricardo Auler

Eduardo Hermelino Leite, "Leitoso"

Marcio Andrade Bonilho

Jayme Alves de Oliveira Filho

Adarico Negromonte Filho

José Aldemário Pinheiro Filho, vulgo "Léo Pinheiro"

Agenor Franklin Magalhães Medeiros

Mateus Coutinho de Sá Oliveira

José Ricardo Nogueira Breghirolli

Fernando Augusto Stremel Andrade 

João Alberto Lazzari

Gerson de Mello Almada

Carlos Eduardo Strauch Albero

Newton Prado Junior

Luiz Roberto Pereira

Erton Medeiros Fonseca

Jean Alberto Luscher Castro

Dario de Queiroz Galvão Filho

Eduardo de Queiroz Galvão

Dalton dos Santos Avancini

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