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Lula ataca críticos em cerimônia de comemoração dos 10 anos do Bolsa Família

Ex-presidente rebateu comentários de que programa do governo é assistencialista e eleitoreiro 

Brasil|Kamilla Dourado, do R7, em Brasília

Dilma e Lula estiveram juntos na cerimônia que comemora os 10 anos de criação do programa Bolsa Família
Dilma e Lula estiveram juntos na cerimônia que comemora os 10 anos de criação do programa Bolsa Família Dilma e Lula estiveram juntos na cerimônia que comemora os 10 anos de criação do programa Bolsa Família

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (30) da comemoração dos 10 anos do Bolsa Família, celebrada no Museu da República, em Brasília. Em discurso para uma plateia de políticos, ministros, prefeitos e governadores, o ex-presidente atacou as críticas negativas direcionadas ao programa nos últimos 10 anos.

Segundo Lula, muitos nomes pejorativos — como "Bolsa Esmola", em alusão ao programa federal de transferência de renda — foram usados para classificar o Bolsa Família na última década. No entanto, todos os apelidos negativos teriam se mostrado equivocados, de acordo com dados citados pelo ex-presidente.

— Se os números apresentados pela ministra Tereza Campelo [Desenvolvimento Social] estiverem corretos, o BNDES vai ter que investir nos pobres porque o investimento e o retorno são mais garantidos. As pessoas mal entravam no programa e [os críticos] já queriam que as pessoas saíssem, não sei o que incomoda um pobre ganhar R$ 70, R$ 100.

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Para o petista, as conquistas do Bolsa Família vão além dos números apresentados.

— Não há balanço orçamentário, capaz de substituir a palavra esperança. O Bolsa Família é vitorioso porque está mudando a história do País. Com um País de exclusão como o nosso, seria compreensível provocar dúvidas e questionamentos. [...] Vamos deixar claro que esse programa completa 10 anos em um País onde a injustiça completa cinco séculos.

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Lula usou manchetes de jornais e notícias para exemplificar críticas feitas ao programa, classificadas por ele como “preconceituosas”.

— Não basta receber alimento para matar a fome. É preciso ter geladeira para conservar, fogão e gás para cozinhar, roupa para vestir. Certas reações levam a crer que é mais difícil vencer o preconceito do que a fome. A crítica mais cruel é a de que iria estimular a preguiça, a vagabundagem. Essa crítica denota uma visão preconceituosa.

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Lula disse que se tivesse que começar de novo, “começaria o governo com o combate a fome e pelo Bolsa Família". O ex-presidente ainda rebateu a acusação de que o programa seria eleitoreiro e usado para ganhar votos dos mais pobres.

— O pobre não precisa trocar seu voto por feijão, por um par de sapato. Ele está mais livre para exercer a cidadania e isso preocupa sociologia que serve a elite brasileira. Tem os que dizem que os gastos com o programa elevam a divida pública. [Eles] são os mesmos que defendem a redução do salário e o desemprego para ajustar a economia. Se desemprego e arrocho salarial ajudassem esse País, nunca teríamos os problemas que tivemos até agora. 

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