May diz que não vai formalizar saída da UE sem que tenha uma abordagem de todo Reino Unido
Brasil|Do R7
EDIMBURGO (Reuters) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta sexta-feira que o Reino Unido não irá iniciar formalmente as conversas sobre a separação da União Europeia até que haja um acordo em torno de uma abordagem de todo o país.
May fez o comentário depois de se encontrar com a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, líder do governo pró-independência que disse que os escoceses simpáticos à UE não deveriam ser forçados a deixar o bloco contra a sua vontade e que está procurando maneiras de manter a Escócia filiada ao bloco.
Sessenta e dois por cento dos escoceses votaram pela permanência na UE e 38 por cento se mostraram contrários no referendo do dia 23 de junho, enquanto no Reino Unido como um todo 52 por cento do eleitorado escolheu o rompimento, e os 48 por cento restantes se opuseram a ele –um resultado que Sturgeon disser tornar a perspectiva de um segundo referendo de independência "altamente improvável".
"Já disse que não irei invocar o Artigo 50 até que eu ache que temos uma abordagem do Reino Unido e objetivos para negociações, acho que é importante estabelecermos isto antes de invocar o Artigo 50", disse May, em referência ao processo formal de rompimento com a União Europeia.
May contou que sua decisão de visitar a premiê escocesa em seu próprio território menos de 48 horas depois de tomar posse enfatiza a determinação de manter a Escócia no Reino Unido depois que o Brexit, a saída britânica da UE, ressuscitou o tema da independência, que os escoceses rejeitaram em um referendo em 2014.
Nicola Sturgeon disse que irá explorar todas as opções para manter sua nação no bloco e May, que apoiou a campanha britânica do "fica", disse desejar que o governo escocês se envolva nas conversas sobre a desfiliação.
"Estou disposta a ouvir as opções e fui bem clara com a primeira-ministra hoje de que quero que o governo escocês esteja totalmente engajado em nossas negociações", disse May. "Quero obter o melhor acordo possível para o Reino Unido como um todo."
(Por Michael Holden)