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Ministério Público Federal pede abertura de inquérito contra Edinho Silva e Delcídio do Amaral

Caso é decorrente de informações reveladas por Delcídio em delação premiada

Brasil|Do R7


O Ministério Público Federal em Brasília requisitou a abertura de inquérito policial para apurar possíveis irregularidades praticadas pelo ex-ministro das Comunicações Edson Antônio da Silva, conhecido como Edinho Silva, pelo Laboratório Farmacêutico EMS S.A e pelo ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). Segundo a Procuradoria da República, o caso é decorrente de informações reveladas por Delcídio em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

O objetivo do inquérito, segundo o Ministério Público Federal, é apurar se houve a prática de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, além do envolvimento de outras empresas ou pessoas físicas. Edinho foi tesoureiro da campanha da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014.

O caso chegou à Procuradoria da República depois de uma decisão do relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). Ao determinar que a investigação fosse enviada à primeira instância, o ministro Teori Zavascki considerou dois aspectos: a perda da prerrogativa de foro por parte dos envolvidos e o fato de o tema tratado nesta parte da colaboração de Delcídio não possuir relação com as irregularidades apuradas em Curitiba.

Na delação, o ex-senador afirmou ter recebido do ex-ministro a promessa de pagamento de propina. De acordo com a narrativa de Delcídio, o dinheiro a ser usado para quitar contas da campanha tinha como origem a empresa EMS S.A. Em 2014, época dos fatos, Delcídio do Amaral disputou o cargo de governador de Mato Grosso do Sul.


A instauração de inquérito policial foi requisitada pelo Ministério Público Federal após analisar os documentos enviados pelo Supremo. No parecer enviado nesta segunda feira (8) à Justiça Federal, o órgão ministerial solicita à 10ª Vara Federal a baixa dos autos à Polícia Federal. Com isso, a investigação passará a ser conduzida de forma conjunta entre Ministério Público Federal e Polícia Federal.

Ainda na requisição, o Ministério Público Federal esclarece que a Procuradoria-Geral da República já havia se manifestado pela abertura do inquérito, quando o caso ainda estava no Supremo, e que, embora Edinho Silva e a empresa tenham negado a participação nas irregularidades, os indícios reunidos até o momento justificam a continuidade da investigação.

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