Ministro do STF autoriza inquérito contra deputado Andrés Sanchez
Força-tarefa da Lava Jato investiga indícios de propina associada à construção do Itaquerão
Brasil|Do R7, com Agência Brasil e Estadão Conteúdo
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou nesta quinta-feira (10) pedido de abertura de inquérito para investigar o deputado federal e ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez (PT-SP) pelo crime de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato.
O ministro atendeu a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Como a investigação está em segredo de Justiça não é possível saber os detalhes do processo.
Segundo a força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato, há indícios de que as obras de construção da Arena Corinthians, conhecido como Itaquerão, em São Paulo, envolveram o pagamento de propinas por parte da empreiteira Odebrecht, responsável pela obra.
De acordo com a investigação, Antônio Roberto Gavioli, ex-diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500 mil, em data não identificada, para pessoa identificada pelo codinome “Timão".
O vice-presidente do Corinthians, André Luiz Oliveira, conhecido como André “Negão”, também foi citado nas investigações da 26ª fase da Lava Jato, denominada Operação Xepa, deflagrada em março. Na ocasião, ele foi conduzido coercitivamente à Polícia Federal para prestar depoimento.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado e aguarda retorno.
Gleisi Hoffmann
Teori também autorizou a abertura do segundo inquérito para investigar a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Operação Lava Jato. A parlamentar é suspeita de corrupção passiva. Com origem na Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, o processo sigiloso foi cadastrado no STF nesta quinta-feira (10).
A senadora já é ré na Corte por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em setembro, a Segunda Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia apresentada pela PGR contra a petista e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, na Lava Jato. Eles são acusados de terem recebido R$ 1 milhão desviados do esquema de corrupção da Petrobras.