O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki reconsiderou, nesta terça-feira (20), sua decisão de soltar todos os presos na Operação Lava-Jato, da PF (Polícia Federal), e manteve o doleiro Alberto Youssef e mais dez pessoas atrás das grades. Youssef é acusado de ser o pivô do esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões. Ontem, Zavascki havia determinado a soltura de todos os suspeitos detidos em março pela PF por entender que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, extrapolou a sua competência ao investigar o deputado André Vargas (sem partido-PR), que tem foro privilegiado. Além de Vargas, o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) também foi citado na investigação da PF e tem foro privilegiado. Ao reconsiderar a decisão de manter os suspeitos detidos, Zavascki atende a uma reivindicação de Moro, que informou sobre o risco de fuga dos acusados na Lava-Jato. Além de manter os acusados presos, o ministro do STF também pediu que o processo seja remetido por completo ao STF, que fará o desmembramento e a possível devolução à Justiça Federal do Paraná. Com a nova decisão de Zavascki, apenas o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que conseguiu alvará de soltura na última segunda-feira (19), está nas ruas. O ministro do STF advertiu que Costa não pode se ausentar das cidades onde reside e deve entregar seus passaportes no prazo de 24 horas.Leia mais notícias de Brasil e Política Permanecem presos na PF os doleiros Alberto Youssef, Raul Henrique Srour e Nelma Mitsue Penasso Kodama, além de Carlos Alberto Pereira da Costa (funcionário de Youssef), Carlos Alexandre de Souza Rocha. Nelma Kodama foi presa no aeroporto de Cumbica quando tentava embarcar com 200 mil euros na calcinha. Em cadeias do Paraná, estão presos o doleiro Carlos Habib Chater, além de Andre Catao de Miranda, Andre Luis Paula dos Santos, Ediel Viana da Silva e Rene Luiz Pereira. Na Espanha, também há uma pessoa presa: Maria de Fátima Stocker. Por fim, o único foragido é Sleiman Nassim el Kobrossy.