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Na 1ª fala no Senado, Aécio diz que representa 51 mi de pessoas e avisa: 'Nossa travessia não terminou'

Senador: diálogo com governo está condicionado às investigações das denúncias de corrupção

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Aécio: 'Os que foram intolerantes durante 12 anos falam em diálogo'
Aécio: 'Os que foram intolerantes durante 12 anos falam em diálogo' Aécio: 'Os que foram intolerantes durante 12 anos falam em diálogo'

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu pela primeira vez na tribuna do Senado Federal, nesta quarta-feira (4), após sair derrotado da corrida presidencial. Dizendo-se feliz pela trajetória que fez durante a campanha, Aécio sinalizou que fará uma oposição firme e marcada no Congresso.

Presidente do PSDB, o tucano avisou que sua luta não terminou e que sente o peso da responsabilidade de representar mais de 51 milhões de pessoas que votaram nele. Segundo Aécio, o diálogo, pregado pela presidente Dilma Rousseff, somente será feito com a oposição diante do compromisso de investigar a fundo todas as denúncias de corrupção dentro do governo.

— Agora, os que foram intolerantes durante 12 anos falam em diálogo. Pois bem, qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas que atendam aos interesses dos brasileiros e tem de estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações.

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O pronunciamento foi feito diante de um plenário lotado, com a presença das lideranças da oposição, de apoiadores de Aécio Neves, como o presidente do PSC, pastor Everaldo. Nomes de peso do PT, como os senadores Humberto Costa (PE) e Eduardo Suplicy (SP), também estavam presentes.

Pelo tom do discurso, Aécio sinaliza que vai assumir uma postura mais crítica e firme como oposição. Ele afirmou que não é mais o momento de contar votos e lamentar resultados. O senador reconheceu a derrota, assumiu que a maioria da população escolheu mantê-lo na oposição, e é isso que ele vai fazer.

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— Sou um democrata, não se trata mais de contar votos, mais importante é saudar um novo Brasil que surgiu das urnas, e é esse o fato mais marcante dessas eleições. Ainda que por uma pequena margem, o desejo dos brasileiros foi que nos mantivéssemos na oposição e é isso que faremos, com ânimo redobrado e conectado com o sentimento metade do País.

Economia

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O senador aproveitou o momento para criticara postura do PT durante a campanha eleitoral e acusou a presidente Dilma Rousseff de ter mentido para os eleitores. O senador usou os recentes reajustes no preço da gasolina, da energia e a elevação da taxa de juros pelo Banco Central como exemplos de que sua preocupação com a economia do País era legítima.

Aécio Neves reclamou por ter sido taxado de pessimista quando dizia a verdade, mas garantiu que a verdade viria à tona e que a presidente Dilma terá de adotar ainda muitas medidas que declarou ser contra durante a camapanha.

— O desenrolar dos fatos mostrou que eu tinha razão. Apenas três dias após as eleições o Banco Central elevou os juros. Para a presidente, em sua campanha, elevar os juros era tirar comida do prato dos mais pobres. Pois bem, se isso é verdade, foi o que ela fez assim que ganhou as eleições.

Aécio Neves também mandou um recado para o Planlato, afirmando que o Senado vai confirmar a derrota da presidente Dilma sofreu na Câmara dos Deputados e também vai derrubar o decreto que cria os Conselhos Populares.

— O decreto dos Conselhos Populares, enviado ao Congresso Nacional sem qualquer discussão prévia, deverá ter aqui no Senado o mesmo fim que teve na Câmara, ou seja, o arquivo.

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