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“Não podemos permitir a pedalada contra o trabalhador”, diz Renan Calheiros sobre terceirização

Presidente do Senado afirma que a Casa não terá pressa em apreciar o projeto

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Renan Calheiros disse que Senado irá fazer uma avaliação criteriosa do projeto
Renan Calheiros disse que Senado irá fazer uma avaliação criteriosa do projeto Renan Calheiros disse que Senado irá fazer uma avaliação criteriosa do projeto

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (23) que os senadores não terão pressa em apreciar o projeto de lei que permite a terceirização de qualquer tipo de atividade do mercado de trabalho brasileiro.

De acordo com o Renan, o texto aprovado pela Câmara atropela direitos trabalhistas e sinaliza que o Senado deve alterar a proposta.

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— Nós vamos fazer uma discussão criteriosa no Senado, o que não vamos permitir é pedalada contra o trabalhador. Não podemos de forma nenhuma permitir uma discussão apressada de modo a revogar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). É esse o papel que o Senado terá.

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As declarações foram dadas um dia depois de a Câmara aprovar o texto permitindo que até as atividades principais de uma empresa sejam terceirizadas. A opinião de Renan contraria a do seu colega de partido e presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na Câmara, Cunha foi um dos principais apoiadores do texto.

Pressa

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Para garantir uma tramitação rápida no Senado, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da Força, se reuniu com Renan Calheiros para discutir o projeto que recebeu o aval da Câmara.

O deputado explica que decidiu conversar com Renan porque conhece a redação final do projeto e quis passar ao presidente do Senado o real teor do texto. Segundo Paulinho da Força, quem critica o projeto da terceirização não conhece a proposta.

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— A minha ideia de vir aqui hoje foi de dar essa primeira impressão ao presidente do Senado, de passar exatamente como é o projeto pra para que ele não seja contaminado por opiniões. Tem muita gente que nem leu o projeto e fica falando contra. A maioria dos que falam mal provavelmente nem leu o projeto, nem sabe como terminou a redação final.

O texto da terceirização tramitou durante 11 anos na Câmara dos Deputados. No Senado, há a sinalização de que também não haverá pressa. O presidente afirma que o projeto deve passar por várias comissões temáticas antes de ir a plenário.

— Nós vamos fazer uma avaliação criteriosa, não vamos ter muita pressa porque já existe no Brasil 12 milhões de terceirizados. Ter pressa na regulamentação significa, em outras palavras, regulamentar a atividade-fim e isso é um retrocesso.

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