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Oposição nega participação em acordo para livrar políticos de depoimentos na CPI da Petrobras

PSDB acusa relator de estelionato e volta a pedir convocação de senadores e ministros do PT

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) acusou relator Marco Maia (PT-RS) de estelionato após afirmar que partidos fizeram acordo
Deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) acusou relator Marco Maia (PT-RS) de estelionato após afirmar que partidos fizeram acordo

Os partidos de oposição fizeram questão, nesta terça-feira (11), de deixar claro que não participaram do acordo estabelecido na semana passa para não convocar nenhum agente político a prestar depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as denúncias de corrupção na Petrobras.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) acusou o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), de estelionato. Segundo o tucano, o petista mentiu ao afirmar que todos os partidos concordaram em não votar os requerimentos de convocação de nomes como o da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), do senador Aécio Neves (PSDB-MG), da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Sampaio, foi feito um acordo sobre a linha de procedimento das investigações, que seria de convocar primeiro os representantes das empreiteiras, depois da Petrobras e, em um terceiro momento, os agentes políticos.

— O relator mentiu ao dizer que tivemos um acordo para poupar quem quer que fosse. A minha história combina com uma perseguição implacável contra o desvio de dinheiro político, não participo de um estelionato proposto pelo relator, colocando na mesmo vala partidos que nada tem a ver. O PSDB pediu a investigação das denúncias da Petrobras, o PT beneficiou-se desse esquema.


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O deputado tucano propôs a votação de todos os requerimentos apresentados, para desfazer o que, segundo ele, foi “mal colocado” pelo relator. As declarações foram dadas durante a reunião da CPMI da Petrobras marcada para resolver questões administrativas, como votação de requerimentos, e para ouvir o gerente de contratos da Petrobras, Edmar Diniz de Figueiredo.


Sessão esvaziada

Mesmo depois de pedir a prorrogação das investigações da CPMI por mais um mês, os parlamentares não parecem interessados em continuar os trabalhos. A sessão administrativa foi cancelada por falta de quórum e, por isso, não foi possível votar nenhum requerimento.


O PT esvaziou a reunião. Somente um representante do partido, deputado Afonso Florence (PT-BA) registrou presença. O relator da comissão também estava ausente. Marco Maia enviou um comunicando informando que sofreu um acidente de moto no último domingo (9) e está se recuperando, por isso não poderia comparecer à reunião da CPMI.

O deputado Enio Bacci (PDT-RS), que faz parte da base aliada ao governo, pediu a palavra para denunciar que foi pressionado ao longo do dia para não comparecer à reunião. Ele deu a entender que o objetivo do governo era justamente esvaziar a comissão.

— Sofri pressão durante todo o dia de hoje para que não viesse, para não dar quórum na CPMI. Sofri ameaça inclusive de ser substituído nesta comissão. Represento aqueles parlamentares que não querem dobrar a espinha ante a pressão e ante a omissão contra a corrupção que aí está.

Somente representantes de partidos da oposição compareceram à reunião, que estava marcada desde a semana passada. O objetivo dos parlamentares presentes era levar à votação os requerimentos para ouvir o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e do dono do laboratório Labogen, Leonardo Meirelles, acusado de ser laranja do doleiro Alberto Youssef.

Foi Meirelles que trouxe a denúncia de que parlamentares do PSDB, com o ex-presidente do partido Sérgio Guerra, estariam também envolvidos no esquema.

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