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Paulo Roberto Costa: “Me arrependo amargamente, porque estou sofrendo na carne”

Ex-diretor da Petrobras diz que pensava em ser presidente e que se demitiu sofria pressão

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Paulo Roberto Costa: "aceitei apoio político para uma diretoria"
Paulo Roberto Costa: "aceitei apoio político para uma diretoria"

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, nesta terça-feira (2), que se arrepende amargamente de ter aceitado apoio político para assumir a Diretoria de Abastecimento da estatal. Segundo ele, essa era a única forma que existia para conseguir realizar o sonho de ser diretor e, quem sabe, presidente da petroleira.

As declarações foram dadas em depoimento na CPMI da Petrobras, que se reúne para realizar a acareação entre Costa e o também ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró.

— Eu não posso dizer que não seja um sonho de qualquer empregado da Petrobras, era um sonho meu ser diretor e, quem sabe, chegar à presidência da empresa. Mas, desde o governo Sarney [...] todos os diretores da Petrobras se não tivessem apoio político não chegavam a diretores. Isso é fato. Infelizmente, eu me arrependo amargamente, porque estou sofrendo isso na carne e estou fazendo minha família sofrer, aceitei apoio político para uma diretoria. Aceitei esse cargo, e esse cargo me deixou onde eu estou hoje. Estou arrependido, quisera eu não ter feito isso.

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Costa voltou a dizer, como na primeira vez que compareceu à comissão, que usaria o direito de ficar calado porque fez um acordo de delação premiada com a Justiça.

De acordo com Costa, tudo que ele sabia já foi dito para o Ministério Público, para a Polícia Federal, e pela Justiça de Curitiba que juntos, colheram 80 depoimentos do ex-diretor. Mesmo, assim, Costa decidiu fazer um desabafo e deu a entender que sua carreira foi destruída a partir do momento em que aceitou apoio político na direção da estatal.


Outro integrante da acareação, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró voltou a comentar as irregularidades na Petrobras. Questionado se havia recebido propina em contratos fechados com a estatal, Nestor Cerveró foi enfático:

— Eu ratifico o que eu disse aqui no meu depoimento no dia 12 de setembro que não recebi. 


Mesmo sem expor o teor das informações que prestou à Justiça, Paulo Roberto Costa disse que confirma tudo que falou na delação premiada. O ex-diretor também informou que entregou fatos, dados e nomes de pessoas durante a investigação e que tem provas do que apresentou. Segundo Costa, todos os envolvidos serão conhecidos oportunamente.

— Não tem nada da delação que eu falei que eu não cofirmo. A delação é um instrumento extremamente sério que não pode ser usado com mentiras. Provas estão existindo, estão sendo colocadas. Falei de fatos, de dados e de pessoas. Na época oportuna essas pessoas todas chegaram a conhecimento público, não sei quando, porque não está na minha mão.

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