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Pedaladas fiscais são práticas largamente usadas no País, diz Jaques Wagner

Para o ministro, um chefe de governo só pode ser destituído por crime de responsabilidade

Brasil|Do R7

Wagner considerou como "perigoso para a democracia" o argumento de que o impeachment é processo mais político que jurídico
Wagner considerou como "perigoso para a democracia" o argumento de que o impeachment é processo mais político que jurídico

O ministro-chefe do Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, avaliou na tarde desta terça-feira (29) que as pedaladas fiscais são práticas contábeis largamente utilizadas no Brasil e chanceladas pelos Tribunais de Contas.

A declaração faz parte de uma série de postagens feita pelo ministro no Twitter. As pedaladas fiscais no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) são a base para o processo de impeachment dela que tramita na Câmara.

Além de justificar as pedaladas fiscais, Wagner considerou como "perigoso para a democracia" o argumento de que o impeachment é um processo mais político que jurídico.

— Esse é um argumento perigoso para a democracia. Isso significa que é preciso primeiro a ocorrência do fato jurídico para, depois, ser feita a apreciação política do impeachment. [...] Tal condição existe como forma de impedir que a soberana vontade popular expressa nas urnas seja desrespeitada.


As postagens do ministro foram feitas no momento em que a agenda da presidente Dilma Rousseff previa uma reunião com ele no Palácio do Planalto. Wagner não citou o PMDB, partido que ratificou hoje o rompimento com o governo Dilma.

Nas declarações pela rede social, Wagner avaliou ainda que, no presidencialismo, um chefe de governo só pode ser destituído por crime de responsabilidade e repetiu que é preciso, portanto, "primeiro a ocorrência do fato jurídico antes de apreciação política do impeachment".

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