Marcos de Marchi, presidente do Conselho Diretor da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), disse que a Petrobras com a atual diretoria, tem sido muito mais aberta e flexível no que se refere ao fornecimento de matéria-prima para a indústria química, referindo-se ao gás e ao nafta.
— Há espaço para dialogar com a Petrobras.
Marchi lembrou que a última vez em que a Petrobras participou do evento já faz sete anos e, na ocasião, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, demonstrou rigidez quanto à questão.
— A conversa com a Petrobras hoje é mais realista. A própria presença do Pedro Parente (presidente da petroleira) neste evento (encontro anual da indústria química) já é um indicativo disso.
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Embora seja possível importar matéria-prima, a Petrobras é basicamente a única fornecedora de gás e nafta da indústria nacional, explicou Marcos de Marchi. Ele afirmou também que o gás no Brasil é três vezes mais caro na comparação com os preços dos Estados Unidos e esse custo poderia diminuir.
Mais cedo, Parente havia sido questionado por um representante de empresa do setor químico se a petroleira iria garantir esse fornecimento. Ele respondeu: "Tomara que a gente encontre equação econômica que beneficie os dois lados", disse.
Citando o caso específico da Braskem, que é grande compradora de nafta, de Marchi disse que a companhia precisa de visibilidade de longo prazo no que se refere ao fornecimento de matéria-prima.
— Seria interessante uma visibilidade, por exemplo de 15 anos.