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PF cumpre mandados da Lava Jato contra filho de Lobão e ex-senador ligado a Jader Barbalho

Marcio Lobão e ex-senador Luiz Otávio Campos (PMDB-PA) seriam alvos dos agentes federais

Brasil|Do R7

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Usina Belo Monte, no Pará, seria a fonte das irregularidades
Usina Belo Monte, no Pará, seria a fonte das irregularidades

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (16) mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em investigação ligada à Lava Jato contra Marcio Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), e o ex-senador Luiz Otávio Campos (PMDB-PA), disse uma fonte com conhecimento da operação.

Campos é aliado do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e ocupou cargos de destaque no atual governo do presidente Michel Temer e na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.


Em nota divulgada mais cedo, a PF informou que a operação, batizada de Leviatã e autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, apura o pagamento de propinas a dois partidos políticos nas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

A Polícia Federal não informou os nomes dos alvos da operação, pois o caso tramita em segredo de Justiça.


Os mandados estão sendo executados no Rio de Janeiro, Belém e Brasília nas residências e nos escritórios de trabalho dos investigados, disse a PF.

Edson Lobão foi recentemente eleito presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. O colegiado é responsável por sabatinar indicados ao STF, caso do ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes, e os nomeados para chefiar a Procuradoria-Geral da República, responsável por pedir aberturas de inquéritos e oferecer denúncias contra parlamentares.


"Entre os alvos da operação de hoje estão os principais envolvidos no esquema de repasse de valores aos agentes políticos, que seriam o filho de um senador da República e um ex-senador ligado ao mesmo grupo político", disse a Polícia Federal.

"Os investigados, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa."


Como relator da Lava Jato no Supremo, cabe a Fachin autorizar operações contra parlamentares e ministros, que têm prerrogativa de foro junto ao STF.

Ex-senador

Conforme registros do Diário Oficial da União, Luiz Otávio Campos era secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, o segundo cargo mais importante na hierarquia da pasta, em parte da interinidade de Temer à frente do Palácio do Planalto.

O ex-senador foi exonerado do cargo em decreto assinado pelo presidente e pelo filho de Jader, o ministro Helder Barbalho, em portaria publicada no dia 23 de junho no Diário Oficial.

No mesmo dia, outra publicação no DO assinada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o nomeou para exercer o cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes.

Luiz Otávio foi exonerado deste último cargo no dia 6 de janeiro deste ano.

O ex-senador também já ocupou cargos de relevo na administração petista. Ele já ocupou a secretaria-executiva da extinta Secretaria Especial de Portos no governo Dilma, comandada por Helder Barbalho.

Pouco antes do afastamento temporário de Dilma do Planalto, a petista enviou ao Senado uma mensagem para nomear Luiz Otávio diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Temer, contudo, retirou a indicação dele ao cargo no início de junho passado.

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