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Planalto tenta garantir ao menos 1/3 de votos no Senado

Senado forma segunda a Comissão Especial que vai avaliar se aceita ou não julgar impeachment

Brasil|

Marta se elegeu senadora com voto de petistas, mas abandonou partido no ano passado e deve votar contra a presidente
Marta se elegeu senadora com voto de petistas, mas abandonou partido no ano passado e deve votar contra a presidente Marta se elegeu senadora com voto de petistas, mas abandonou partido no ano passado e deve votar contra a presidente

O Palácio do Planalto terá trabalho para reverter no Senado a ampla desvantagem que tem hoje para tentar evitar a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O Placar do Impeachment, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, aponta que, além de já haver número mínimo de votos necessários à abertura do processo, há também tendência de que a oposição conseguirá, com placar apertado, os 2/3 necessários para que seja efetivado o afastamento.

Ao todo, 48 senadores são favoráveis ao impeachment, sete a mais que os 41 necessários para a abertura do processo na votação que deve acontecer em maio. Se aprovada a abertura, Dilma é afastada por 180 dias enquanto corre o processo, que terá ainda mais duas votações — são três no total.

Este número, no entanto, não é suficiente para aprovar o impeachment propriamente dito. Na votação que deverá acontecer em setembro ou outubro, são necessários 54 parlamentares a favor. Ausências e abstenções contam como votos contra. Vinte senadores declararam voto pelo arquivamento do processo, segundo o placar.

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Acontece que o Placar do Impeachment aponta um universo de 15 senadores cujos votos são desconhecidos publicamente. Cinco deles se dizem indecisos e outros 10 não quiseram responder.

Neste grupo, são considerados votos certos a favor do impeachment os senadores Zezé Perrela (PTB-MG) e Fernando Collor de Mello (PTC-AL).

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Entre os que se dizem indecisos ou não declaram posicionamento há sete senadores do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer.

Entre eles o provável presidente da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PB), que declarou voto a favor do afastamento da presidente, mas depois voltou atrás em razão da possibilidade de presidir a comissão, cuja definição ocorre na segunda-feira (25).

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Se todos os peemedebistas desse grupo votarem a favor, o número de senadores favoráveis ao impedimento sobe para 53 — um a menos que o necessário para o afastamento. Além disso, há um senador do PP, partido que na Câmara fechou questão pelo impeachment, e dois do PTB, sigla que orientou os deputados a votar pelo impeachment.

O governo dá como certa a aprovação da admissibilidade em maio e aposta todas as fichas para garantir ao menos 27 votos para derrubar o processo após 180 dias de governo provisório de Michel Temer. A expectativa é que não haja traições como ocorreram na votação na semana passada. Nas contas do Planalto, serão 28 votos os votos contra o impeachment — o que daria um resultado apertadíssimo pró-governo.

“Esperamos que se abra um debate jurídico sobre o assunto, diferente do que aconteceu na Câmara”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Os governistas apostam nas pesquisas de opinião, que apontam baixa aprovação de Temer, o que poderá dar força à ideia do Diretas Já. “Temer será o governo da crise”, disse Farias.

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