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PMDB confirma entrega de cargos, mas Temer continua na vice-presidência

Partido evita falar em impeachment, o que colocaria Temer no comando do País

Brasil|Mariana Londres, do R7, em Brasília

Logo após a reunião do PMDB, Cunha enfrentou protesto de deputados na Câmara
Logo após a reunião do PMDB, Cunha enfrentou protesto de deputados na Câmara Logo após a reunião do PMDB, Cunha enfrentou protesto de deputados na Câmara

Na reunião que sacramentou a saída do PMDB do governo, o partido definiu que irá entregar todos os cerca de 600 cargos federais que ocupa. De acordo com o vice-presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), ninguém poderá exercer cargo em nome do partido:

— O partido toma hoje uma posição de não ocupar mais cargos federais. Se individualmente alguém quiser ocupar cargo, terá que avaliar as consequências. Acho que para bom entendedor, meia palavra basta. Aqui temos uma palavra inteira. 

O vice-presidente Michel Temer, no entanto, continuará no governo. De acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer continua no cargo porque foi eleito na chapa vencedora de Dilma Rousseff e não foi nomeado, como aconteceu com ministros e os outros quase 600 cargos de primeiro e segundo escalões.

— Ele vai continuar a exercer a função à qual ele inclusive se reelegeu. O vice-presidente não foi nomeado. Ele vai cumprir a sua função constitucional de substituir a presidente Dilma.

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O partido, no entanto, evitou falar no processo de impeachment. Tanto Jucá quanto Cunha disseram que esse assunto será discutido em outro momento. Cunha ressaltou que já defende a saída do partido do governo desde julho, quando anunciou a sua saída.

— Tendo ou não tendo impeachment, passando ou não, o PMDB já deveria ter saído do governo. Aliás, a convenção que aprovou a aliança em 2014 teve 42% votos contrários, o que já sinalizou a divisão do PMDB.

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Dos sete ministros do PMDB que ocupavam pastas na Esplanada, apenas Henrique Eduardo Alves entregou o cargo. O ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, disse hoje antes da reunião do PMDB que gostaria de ficar na pasta para dar continuidade ao trabalho, mas disse que iria definir sua posição apenas após a reunião.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, próxima de Dilma Rousseff ainda não se manifestou. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, também ainda não entregou o cargo.

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Redes sociais

Após a decisão do PMDB, as redes sociais foram tomadas pela hashtag #RenunciaTemer, que se tornou o assunto mais comentado no Twitter no Brasil.

O deputado Jean Willys (PSOL-RJ) provocou o partido, que agora se posiciona como independente:

— O PMDB cumprirá sua moção e abrirá processo no Conselho de Ética do partido contra o vice que não abre mão de ser decoração? #RenunciaTemer

Até o perfil oficial do PT no Twitter fez uma provocação ao vice-presidente.

Utilizando um recurso tradicional dos tuiteiros, a conta escreveu uma mensagem em cima de um comentário antigo de Temer.

O perfil petista tuitou “De acordo!” como resposta a uma mensagem publicada por Temer em 30 de março de 2015:

“O impeachment é impensável, geraria uma crise institucional. Não tem base jurídica e nem política".

Alguns usuários ainda se lembraram da carta escrita por Temer e divulgada à imprensa em 7 de dezembro de 2015, quando o peemedebista tratou a si mesmo como um “vice decorativo”.

“Prezado Temer: verba volant, escripta manente, portanto: RENUNCIE, bocó #RenunciaTemer”, escreveu o perfil @calacort.

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