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Presidente da Câmara teme que votação sobre Cunha seja atrapalhada por eleição municipal

Adiamento da votação poderia ser visto como uma vitória do ex-presidente da Casa

Brasil|Do R7

Número mínimo necessário para a realização da votação de cassação de Cunha em plenário é de 257 deputados
Número mínimo necessário para a realização da votação de cassação de Cunha em plenário é de 257 deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve evitar convocar a votação sobre a cassação do deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ) para o período de campanha das eleições municipais, por medo de que não haja parlamentares suficientes. "Se não houver quórum, a votação pode ser adiada", disse o democrata, minutos antes de participar do programa Roda Vida, da TV Cultura.

O adiamento da votação poderia ser visto como uma vitória de Cunha. O número mínimo necessário para a realização da votação em plenário é de 257 deputados, de um total de 513. No entanto, em época de eleição municipal, muitos parlamentares costumam viajar para participar de campanha, seja como candidato a prefeito ou como padrinho político de algum candidato. Os deputados aliados de Cunha poderia usar a campanha como desculpa para faltar à sessão.

Maia disse também que, no curto período que terá à frente da Câmara, pretende tocar a pauta com foco em três temas: ajuste fiscal, combate à corrupção e sistema eleitoral.

Os temas, ele contou, devem fazer parte do jantar que terá amanhã com o presidente da República em exercício, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, no Palácio do Jaburu, em Brasília.


Maia foi eleito presidente da Câmara na semana passada, em segundo turno, no qual derrotou o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), representante do grupo de Cunha, o chamado Centrão. Ele cumprirá mandato-tampão até janeiro do ano que vem, após Eduardo Cunha ter renunciado ao cargo.

O presidente da Casa reiterou que pretende votar a PEC do Teto até o fim do ano que vem. Sobre a proposta de reforma da Previdência, que ainda não foi enviada pelo governo, Maia disse que, até janeiro do ano que vem, quando termina seu mandato, é possível, pelo menos, aprovar a proposta na comissão da Casa.

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