O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou nesta terça-feira (19) que a Comissão Especial de Impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Casa só será efetivamente criada na próxima terça-feira (26). A oposição queria um esforço concentrado do Senado no feriado de quinta-feira (21) e até no final de semana para acelerar o processo, mas isso não deverá acontecer.
Renan informou que a denúncia recebida da Câmara dos Deputados ontem será lida nesta terça-feira, "como manda a lei especial, no plenário do Senado Federal". O presidente do Senado afirmou que vai pedir a indicação dos membros da comissão aos líderes hoje e, se isso ocorrer, a eleição do colegiado já vai ocorrer na sequência. Porém, os governistas não deverão indicar nomes hoje, conforme prevê o regimento.
— Se os líderes se recusarem a indicar, que é o caso, como ficou demonstrado sobejamente na reunião que fizemos, aí o presidente indicará os nomes de cada partido. A prudência recomenda que, se os líderes não indicarem, seja dado um prazo regimental de 48 horas. Ao final das 48 horas, se os líderes não indicarem, o presidente indicará e realizará de pronto a eleição.
Diante disso, segundo Renan, "a expectativa que há é que na próxima terça-feira nós vamos eleger, no plenário do Senado Federal, a comissão especial que é quem ditará o ritmo da instrução processual, porque dará o parecer da admissibilidade ou inadmissibilidade e tem um prazo de até dez dias úteis".
— Até [dez dias úteis]. Pode no dia em que se instalar, aprovar, como foi no evento de 1992, o parecer. Aprovando o parecer na comissão, teremos que apreciá-lo dentro de 48 horas no Senado Federal.
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