Procurador-geral declara que respeita decisão de Barbosa, mas pensa diferente
Gurgel se diz preocupado com a efetividade do julgamento
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, declarou, nesta sexta-feira (21), que respeita a decisão do ministro relator do mensalão, Joaquim Barbosa, mas pensa diferente. Barbosa negou o pedido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de prisão imediata dos condenados no processo.
Na decisão, o ministro lembra que o STF (Supremo Tribunal Federal) recolheu os passaportes dos condenados, o que reduz a possibilidade de fuga.
Segundo Barbosa, “já foi determinada a proibição de os condenados se ausentarem do País, sem prévio conhecimento e autorização do Supremo Tribunal Federal, bem como a comunicação dessa determinação às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional”.
Por meio de sua assessoria, Roberto Gurgel informou que continua preocupado com a efetividade do julgamento do mensalão, mas não declarou nada sobre a possibilidade de solicitar que o pedido de prisão imediata seja analisado pelo plenário do Supremo, na volta do recesso do Judiciário.
O pedido de prisão imediata foi feito na última quarta-feira (19), depois que a última sessão do ano no STF havia sido encerrada. Com isso, a decisão sobre a solicitação coube ao relator do mensalão, que definiu a questão sozinho, durante o seu plantão.