Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Quadro de Padilha é estável após cirurgia de próstata

Ministro teve órgão retirado, e médicos disseram que operação ocorreu 'sem intercorrências'

Brasil|

Eliseu Padilha passou por cirurgia de próstata em hospital do RS
Eliseu Padilha passou por cirurgia de próstata em hospital do RS Eliseu Padilha passou por cirurgia de próstata em hospital do RS

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, passou nesta segunda-feira (27) por uma cirurgia no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, para retirada da próstata. Boletim médico divulgado no início da noite diz que o procedimento foi realizado "sem intercorrências" e que as condições gerais do ministro são estáveis.

Padilha está de licença informal do governo desde a última quarta-feira. No dia 20, ele passou mal no trabalho e foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Na ocasião, os médicos detectaram obstrução urinária provocada por uma hiperplasia prostática, e o ministro acabou transferido para Porto Alegre, onde reside sua família.

O urologista Cláudio Telöken e o intensivista Nilton Brandão, que assinam o boletim desta sexta-feira, dizem que Padilha permanecerá "monitorado pelas próximas 48 horas".

A licença do chefe da Casa Civil coincidiu com um período de grande turbulência política, após o depoimento do ex-assessor da Presidência José Yunes à Procuradoria Geral da República, levando a investigação da Lava Jato para dentro do Palácio do Planalto.

Publicidade

Embora o retorno de Padilha ao Planalto esteja previsto para 6 de março, auxiliares do presidente Michel Temer admitem, nos bastidores, que talvez seja conveniente estender sua licença. Na prática, a volta do ministro à equipe é considerada incerta e depende dos desdobramentos da crise.

Yunes disse que serviu de "mula involuntária" de Padilha, na campanha eleitoral de 2014, ao aceitar receber um "pacote" - a pedido do ministro - em seu escritório de advocacia, em São Paulo. De acordo com o relato de Yunes, a encomenda foi entregue a ele pelo operador financeiro Lúcio Funaro, homem da confiança do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Alvos da Lava jato, Funaro e Cunha estão presos desde o ano passado.

Publicidade

Amigo de Temer, o ex-assessor disse que não abriu o "pacote" nem sabe o que havia em seu conteúdo. Nega, porém, que houvesse dinheiro vivo, como denunciou o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho em delação premiada. Yunes disse que só conheceu Funaro naquele dia. Na sua versão, o "pacote" depois foi retirado por outra pessoa, que ele não se lembra nem mesmo do nome.

Em dezembro do ano passado, a Coluna do Estadão informou que Funaro entregou R$ 1 milhão no escritório de advocacia de Yunes, a mando de Padilha, na campanha de 2014. A quantia era proveniente da Odebrecht. Um dos auxiliares mais próximos de Temer, Yunes deixou o governo dias depois, quando veio à tona a delação de Melo Filho.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.