Quatro meses após eleições, popularidade de Dilma recua 19 pontos e a de Alckmin cai 10
Aprovação de presidente foi de 42% a 23%; já a do governador de SP passou de 48% para 38%
Brasil|Do R7
A crise de água em São Paulo, o risco de falta de energia e as denúncias de corrupção na Petrobras derrubaram a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), menos de quatro meses após as eleições que reelegeram os dois governantes.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (7), a porcentagem de brasileiros que consideram o governo Dilma “bom ou ótimo” caiu de 42%, no início de dezembro, para 23% agora.
Essa é a pior marca de Dilma desde que assumiu o poder, em janeiro de 2011. O índice é inclusive mais baixo do que o registrado em junho de 2013, quando manifestações tomaram as ruas de várias cidades brasileiras, derrubando sua popularidade na época para 30%.
No atual levantamento, feito entre 3 e 5 de fevereiro, 44% dos entrevistados avaliam o governo Dilma como “ruim ou péssimo”. Na pesquisa anterior, de 2 e 3 de dezembro, esse índice estava em 24%. Ou seja, em dois meses, inverteu-se a relação entre os que aprovavam e os que desaprovavam a gestão da petista.
A porcentagem que considera seu governo regular se manteve no mesmo patamar, em 33%, assim como o índice de pessoas que não responderam (1%).
Ainda de acordo com a pesquisa, o principal problema do País não é a corrupção, mas a saúde, segundo 26% dos entrevistados. A corrupção aparece logo atrás, com 21%, seguido de violência/segurança (14%), educação (9%) e desemprego (6%).
Queda na aprovação de Alckmin
Reeleito no primeiro turno das eleições passadas, em 5 de outubro, o governador de São Paulo também vem assistindo à queda de sua popularidade nesse início de 2015. O desgaste de sua imagem, no entanto, está em ritmo mais baixo que o da presidente.
O percentual da população que considera a gestão do tucano “boa ou ótima” caiu de 48%, no início de outubro, para 38% agora.
A rejeição ao governador também aumentou. A porcentagem de entrevistados que avalia seu governo como “ruim ou péssimo” passou de 17% para 24% em quatro meses.
Já 36% dos entrevistados consideram sua gestão como “regular”, ante 34% em outubro. Um total de 2% não souberam ou não responderam.
Popularidade de Haddad segue baixa
O Datafolha também mediu a popularidade do prefeito de São Paulo Fernando Haddad. O petista, que tinha assistido a uma recuperação de sua imagem no último levantamento, em setembro, viu agora sua rejeição crescer 16 pontos percentuais.
Nesse período, passou de 28% para 44% a porcentagem de entrevistados que considera seu governo “ruim ou péssimo”.
A avaliação “regular” passou de 44% para 33%. Enquanto que o índice que considera sua gestão “boa ou ótima” caiu de 22% para 20%. Um total de 3% dos entrevistados não responderam.