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Renan suspende sessão, manda retirar manifestantes e votação de projeto da meta fiscal acaba em tumulto

Parlamentares se reuniram para tentar votar texto que flexibiliza texto do superávit primário

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Confusão começou nas galerias do Congresso. Presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu suspender sessão
Confusão começou nas galerias do Congresso. Presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu suspender sessão

O barulho gerado pelos protestos dos manifestantes que ocupavam as galerias do plenário da Câmara dos Deputados suspendeu, nesta terça-feira (2), a sessão do Congresso convocada para votar o projeto de lei que altera a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e flexibiliza a poupança que o governo é obrigado a fazer para pagar juros da dívida de 2014.

Os partidos de oposição tentam impedir a aprovação do texto e, como são minoria, usam da ferramenta de obstrução. Dessa vez, receberam a ajuda de manifestantes que também são contra o projeto e gritam palavras de ordem, prejudicando o andamento da sessão.

Calheiros tentou dar seguimento à reunião, mesmo após inúmeras questões de ordem apresentadas para impedir a presença de pessoas nas galerias. Mas, alegando que era impossível continuar com os trabalhos, o senador pediu a intervenção da Polícia Legislativa e suspendeu temporariamente a sessão.

— Não há condições de realizar sessão do Congresso com as galerias partidarizadas e se comportando dessa maneira. Por isso eu peço a Polícia Legislativa que tome providências.


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Nas galerias do Congresso, houve tumulto e muito empurra-empurra entre manifestantes, seguranças e deputados que tentavam apartar a confusão. A segurança do Congresso iniciou uma negociação com os manifestantes, mas não funcionou. 


Um manifestante desmaiou durante o tumulto. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é médico, fez os primeiros atendimentos. Apesar de o manifestante ter recusado atendimento médico, brigadistas foram ao local com macas.

Essa é a segunda vez que os parlamentares se reúnem para apreciar a mudança na LDO.


Trâmite

Na semana passada, após limpar a pauta votando, em bloco, 38 vetos presidenciais, a sessão do Congresso chegou a ser aberta, mas por falta de quórum não houve a votação. Foi convocada uma nova sessão para esta terça, mas já com outros dois novos vetos trancando a pauta.

Um dos vetos trata do projeto de lei que muda o nome do Instituto Federal Baiano para Instituto Federal Dois de Julho. O segundo veto refere-se a um projeto de lei que altera o nome da barragem Boqueirão de Parelhas, localizada no município de Parelhas, no Rio Grande do Norte, para “Dr. Ulisses Bezerra Potiguar.

Somente após analisar essas duas questões, os parlamentares poderão se dedicar à discussão e votação do texto que muda a LDO e é considerada essencial para que o Planalto não feche as contas no vermelho em 2014.

No entanto, até o momento, nem os vetos entraram em discussão.

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