A ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, foi acusada pela PF (Polícia Federal) de prática dos crimes de tráfico de influência, falsidade ideológica, corrupção passiva e formação de quadrilha na Operação Porto Seguro.
Agora, um ano depois, ela se diz inocente e injustiçada. A ex-servidora concedeu uma entrevista para a revista Veja e afirmou que a relação que tem com o ex-presidente Lula é de “amizade, fidelidade e totalmente profissional”.
— As nossas famílias se conhecem desde que as crianças eram pequenas.
Rosemary alega que não entendeu o que aconteceu e que o dinheiro recebido por Paulo Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), não foi clandestino, mas presente de casamento da sua filha.
— Sempre tive a maior consideração por ele [Viana]. Como se ele fosse meu irmão.
No entanto, segundo a PF, a ANA é um dos órgãos que daria pareceres e laudos técnicos favoráveis para empresas que pagariam propina ao grupo suspeito (entenda o esquema no quadro abaixo).
Rosemary tenta provar sua inocência na Justiça, mas já perdeu o cargo por decisão da CGU (Controladoria-Geral da União). Ela diz que o seu direito a defesa na esfera administrativa foi cerceada.