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Saída do PMDB chega em boa hora para repactuar governo, diz Jaques Wagner

De acordo com o petista, até sexta-feira já devem haver novidades no governo

Brasil|Da Agência Brasil

Jaques Wagner disse que Dilma participa de uma reunião nesta noite com o núcleo duro de seu governo
Jaques Wagner disse que Dilma participa de uma reunião nesta noite com o núcleo duro de seu governo Jaques Wagner disse que Dilma participa de uma reunião nesta noite com o núcleo duro de seu governo

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, disse nesta terça-feira (29) que pelo Palácio do Planalto recebeu com naturalidade a notícia do rompimento do PMDB com o governo.

Para o ministro, o anúncio chega em "boa hora" e abre a oportunidade de "repactuar" o governo com outras forças políticas. Segundo ele, ao mesmo tempo em que perde um "parceiro importante", a presidenta Dilma Rousseff já promove conversas no sentido de abrir espaço para novos aliados.

Nesta terça-feira (29), o Diretório Nacional do PMDB decidiu deixar a base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff e anunciou que os ministros do partido deverão deixar os cargos. Na segunda-feira (28), Henrique Eduardo Alves, que ocupava uma das sete pastas do partido no governo, deixou o comando do Ministério do Turismo.

Jaques Wagner informou que a presidenta terá uma reunião nesta noite com o núcleo duro do seu governo, da qual poderá participar o ex-presidente da República e indicado para chefiar a Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, e que até sexta-feira (1º) deve haver novidades sobre o que chamou de repactuação. Sobre a nomeação de Lula o ministro disse que o governo ainda está aguardando a decisão do Supremo.

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— Para o posto da Casa Civil está convidada uma pessoa; o ministro Luiz Inácio Lula da Silva, um conselheiro político. Mas, se o Supremo decidir que não, a Casa Civil pode ser negociada.

Segundo Wagner, a agenda do governo nesta nova fase será conquistar votos para conseguir barrar o processo de impeachment que tramita no Congresso Nacional contra Dilma, classificado por ele de golpe. "Impeachment sem causa é golpe", disse. Sobre quais ministros da legenda devem permanecer no governo, Jaques Wagner disse que não sabe ainda, e que a presidente não conversou com ele após a decisão do PMDB.

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— Ela está analisando a decisão. Para nós, o que interessa é que abriu um espaço de repactuação. Alguns falam em nova fase do governo, em que sai um aliado longa data. Acho que foi bom que [o PMDB] tomasse [a decisão] antes da votação [do processo de impeachment]. Dá oportunidade para a presidenta Dilma repactuar o governo, não apenas para a votação que aproxima, mas para os dois anos e nove meses que restam [de mandato da presidente].

Wagner evitou responder se o vice deveria renunciar ao cargo, já que o seu partido não faz mais parte da base aliada, mas disse que, independentemente disso, a presidente terá sempre uma relação "educada" com o peemedebista.

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— Sair do governo é decisão pessoal do Temer, vocês deveriam perguntar a ele se ele vai sair.

O ministro disse ainda que a sociedade continua demonstrando apoio ao governo Dilma e que a presidente deve receber, nos próximos dias, representantes de movimentos contra o impeachment além de participar de atos com artistas e intelectuais.

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