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Seguranças da Câmara soltam spray de pimenta e reunião da maioridade penal é adiada

Cerca de 50 manifestantes estavam no local. Nova reunião foi marcada para quarta-feira (17)

Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília, com Agência Câmara

Confusão na Câmara provocou o adiamento da discussão sobre a redução da maioridade penal. Nova reunião será na quarta (17)
Confusão na Câmara provocou o adiamento da discussão sobre a redução da maioridade penal. Nova reunião será na quarta (17) Confusão na Câmara provocou o adiamento da discussão sobre a redução da maioridade penal. Nova reunião será na quarta (17)

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a redução da maioridade penal teve a sessão desta quarta-feira (10) suspensa por causa de uma confusão que envolveu manifestantes e seguranças da Casa. Os seguranças da Casa atiraram spray de pimenta nos manifestantes, mas o gás se alastrou pelo local.

Cerca de 50 membros da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) estavam no local para protestar contra a proposta.

A sessão chegou a ser reaberta em outro plenário, mas um pedido de vista coletivo adiou a votação da proposta para a próxima quarta-feira (17). O encontro deverá ocorrer em reunião fechada, devido aos protestos.

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O relator da PEC da Maioridade Penal, deputado Laerte Bessa (PR-DF), acusou os próprios parlamentares de incentivarem o clima tenso na sessão.

— O incentivo para alguns parlamentares para que a baderna se tornasse aqui dentro é o que tornou esse pânico.

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A presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral, acusou os policiais legislativos de serem truculentos.

— Assim está a ciência da Casa Legislativa que fez com que jogassem spray de pimenta em uma sala fechada, onde tinha uma série de parlamentares, representantes de movimentos sociais e da imprensa.

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O presidente da comissão, deputado André Moura (PSC-SE), culpou os manifestantes pela confusão. Ele afirmou que vai apurar a conduta da Polícia Legislativa.

— Eu sempre permiti, desde o primeiro dia de trabalho da comissão, a participação de todos. Nunca foi restrito o acesso a ninguém. Inclusive hoje.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que a ação da polícia foi exagerada e acusou Moura e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pela ação dos seguranças.

— Eu responsabilizo o presidente André Moura e o presidente Eduardo Cunha pelo que aconteceu neste plenário.

Entenda o caso

A confusão começou quando o deputado Vitor Valim (PMDB-CE) reclamou das vaias dos manifestantes, que ocuparam os lugares dos deputados. 

A pedido do presidente da comissão, deputado Andre Moura (PSC-SE), a segurança legislativa foi chamada para retirar os manifestantes da sala. 

Houve bate-boca e empurrões, inclusive envolvendo parlamentares. Diante das dificuldades de retirar manifestantes, que gritavam palavras de ordem contra os parlamentares, os seguranças lançaram spray de pimenta dentro da sala. 

O gás atingiu a todos — parlamentares, manifestantes, jornalistas e assessores — inclusive nos corredores das comissões. Pelo menos um dos atingidos foi levado para atendimento médico. O jornalista Thiago Nolasco, do SBT, afirmou que teve seu celular furtado durante a confusão.

Os bombeiros foram chamados para fazerem atendimentos, já que as vítimas tossiam, não conseguiam respirar e apresentavam olhos vermelhos. 

Após o episódio, os manifestantes gritavam "Fora Cunha" e acusavam a polícia legislativa de truculência. 

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