Sem aprovação do Orçamento, governo só pode usar 8,3% da verba prevista
Lei de Diretrizes Orçamentárias só prevê gastos obrigatórios
Brasil|Alexandre Saconi, do R7
Se o Congresso não aprovar até o final deste ano o Projeto de Lei de Orçamento da União para 2013, o governo pode ficar de mãos atadas no começo de 2013. Segundo a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), caso o Orçamento para o ano que vem não seja aprovado logo, a União só poderá gastar 8,3% (1/12) dos R$ 2,14 trilhões estimados.
Com a alta do PIB prevista em pelo menos 4% (4,5% segundo a proposta Orçamentária), o governo pode enfrentar um desaquecimento na economia no começo do ano. Sem a votação no Congresso, o governo federal poderá arcar apenas com as despesas obrigatórias, ficando impedido de gerar novos gastos, como licitações, por exemplo.
Leia mais notícias de Brasil no Portal R7
Votação deve ser definida até o fim do dia, diz Jucá
O que fica autorizado a ser desembolsado é o chamado "resto a pagar". Esta é a verba é aquela já prevista, e que garante a continuidade de obras iniciadas.
Definição deve sair ainda hoje
O Senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator-geral do Projeto de Lei de Orçamento da União para 2013, disse que até o final da tarde desta quarta-feira (26) deve sair um posicionamento sobre a votação do Orçamento. Segundo ele, o governo e a maior parte dos líderes devem fechar um acordo para a votação da matéria até o dia 31.
Caso seja votado neste ano, o projeto deverá ser apreciado pela Comissão Representativa do Congresso, que ainda não foi convocada.
Este grupo é formado por parlamentares de plantão, que trabalha no período em que as atividades no Congresso ficam suspensas e podem, nesse período, suspender decisões do Executivo que ultrapassem o poder regulamentar, se manifestar sobre projetos que prorroguem prazo de lei ou tratem de atos internacionais, por exemplo.
Sobre a votação pela comissão, o DEM já se posicionou contra.