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Serra nomeou assessor que foi réu no Carandiru, diz jornal

Tucano criou "cargos de confiança" para acolher também um acusado de receber propina 

Brasil|Do R7

Serra trouxe secretário citado na Operação Satiagraha
Serra trouxe secretário citado na Operação Satiagraha Serra trouxe secretário citado na Operação Satiagraha

O ministro José Serra nomeou dois envolvidos em processos judiciais como seus assessores especiais no Itamaraty, segundo revelou o jornal Folha de S. Paulo neste domingo. As nomeações foram em agosto.

Um deles é o policial militar Hideo Augusto Dendini, réu no julgamento do Massacre do Carandiru, operação da polícia militar que resultou em 111 mortes, em 1992, e gerou uma repercussão negativa para o Brasil, que foi criticado por entidades de Direitos Humanos e governos de diversos países.

Dendini e mais 18 policiais foram acusados de lesão corporal grave contra o detento Edison Xavier dos Santos, durante a operação de invasão da Casa de Detenção, na capital paulista. O processo contra Dendini foi extinto em 2010 porque o crime prescreveu.

Já o secretário Luiz Paulo Arcanjo foi citado pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas por supostos crimes financeiros e pagamento de propina a autoridades.

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De acordo com as investigações da PF, Arcanjo teria recebido e-mails de um operador de Dantas, Roberto Amaral, com cobranças de favores políticos. Na ocasião, o assessor Arcanjo, que já trabalhava para José Serra, negou ter contato com Amaral. Ele nunca foi indiciado.

As nomeações de Dendini e Arcanjo são parte das mudanças feitas por Serra quando chegou ao ministério das Relações Exteriores.

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Dois meses após Serra assumir o cargo de ministro, foi publicado um decreto remanejando temporariamente sete cargos comissionados do Ministério do Planejamento para o Itamaraty, que poderiam ser ocupados por pessoas de fora do quadro do ministério.

Para três dos cinco postos mais altos, chamados DAS-5, Serra nomeou assessores que já trabalhavam com ele no Senado: Além de Arcanjo e Dendini, Francisco Marcondes Pereira.

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Arcanjo recebeu um dos quatro cargos comissionados para o escritório do ministério na capital paulista. Até então, a equipe já contava com quatro diplomatas e cinco oficiais de chancelaria.

Em nota enviada à Folha, o Itamaraty afirma que Arcanjo e Dendini "não têm qualquer espécie de pendência judicial". "Alves Arcanjo nunca foi investigado e o processo contra Dendini, sobre o ocorrido em 1992, foi extinto".

Ainda segundo o ministério, os funcionários comissionados em São Paulo exercerão "cargos de confiança de assessoramento direto ao ministro" e suas funções "não se confundem" com a dos funcionários que já trabalham no escritório regional.

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