Em mais uma citação, o nome do senador José Serra (PSDB-SP) aparece como beneficiário de propina da Odebrecht. Dessa vez, o ex-presidente do grupo Pedro Novis afirma em delação premiada que repassou € 2 milhões (cerca de R$ 6,6 milhões hoje) ao político. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Os pagamentos, feitos via caixa dois, começaram em 2006, quando o tucano venceu a eleição para governador de São Paulo.
De acordo com a reportagem, os valores foram depositados em contas na Suíça, indicadas pelo empresário José Amaro Pinto Ramos, entre 2006 e 2007.
Ao jornal, Pinto Ramos afirmou que recebeu € 1,2 milhão da empreiteira na Suíça. Entretanto, ele diz que o valor se refere ao pagamento por serviços de consultoria que prestou à Odebrecht na Argélia, Turquia e Uruguai.
Pinto Ramos, que é próximo ao PSDB, chegou a ser indiciado na Suíça em 2011 por lavagem de dinheiro, no caso da Alstom (fabricante de trens).
O nome de Serra já vem sendo citado na Lava Jato desde o ano passado. Em delações, executivos da Odebrecht afirmaram que ele recebeu R$ 23 milhões em contas secretas na Suíça para a campanha presidencial de 2010.
Serra nega qualquer irregularidade e diz que as campanhas dele foram conduzidas de acordo com a legislação.