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Sessão do Senado sobre impeachment de Dilma começa com discussão de questões de ordem

Brasil|Do R7

BRASÍLIA (Reuters) - O Senado começou na manhã desta quinta-feira a análise do parecer da comissão especial sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, mas as duas primeiras horas de sessão foram gastas na discussão de questões de ordem, com os partidários da presidente pedindo novas medidas que pudessem atrasar ou interromper o processo de impeachment.

Todos os pedidos foram negados pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (ST), Ricardo Lewandovski, que preside a sessão.

Acusados pelos senadores da base de estarem apenas tentando atrasar o início do processo, integrantes da atual oposição apresentaram oito questões de ordem. Entre elas, a suspensão da sessão para que se aguardem novas investigações provocadas pelas delações premiadas no âmbito da Lava Jato, apresentados por Humberto Costa (PT-PE) e Randolphe Rodrigues (PSOL-AP).

“São questões estranhas ao objeto da presente sessão. Aqui se trata especificamente de analisar a pronúncia da presidente afastada”, disse Lewandovski.


Já no início da sessão, o presidente do STF anunciou que decidiria todas as questões de ordem em bloco, ao final das apresentações dos senadores. Apenas um pedido foi acatado, o apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) para que não fossem suprimidas expressões das notas taquigráficas, a não ser que fossem ofensivas.

“Confio no bom senso dos senadores”, disse Lewandovski.


Os senadores ainda pediram a suspeição do relator do impeachment, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), que fosse retirado do relatório os dados sobre o Plano Safra, que não comprovariam crime, e que se suspendesse a sessão para esperar a votação das contas do governo de 2016 pelo Tribunal de Contas da União e pelo Congresso.

Lewandovski insistiu que questões de ordem só podem ser usadas para esclarecimentos sobre o rito, e não para mudanças que podem alterar o processo. “Não caberia ao presidente do STF de forma monocrática dizer o que deve ou não ser”, afirmou.


“A tática deles agora é a catimba, a chicana”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais nomes da tropa de choque do governo Temer no Senado.

O relator do processo na comissão especial começou a ler seu relatório, com três horas de sessão. Apenas depois de Anastasia terminar a leitura é que os senadores poderão se manifestar, o que deve acontecer apenas no início da tarde, já que Lewandovski determinou uma interrupção da sessão por uma hora, às 13 horas.

Cada um dos inscritos tem 10 minutos e no fim da manhã havia 45 senadores inscritos. Senadores da base trabalham para fazer com que alguns desistam para que a sessão não entre madrugada a dentro.

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(Por Lisandra Paraguassu)

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