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Silas Malafaia chama investigação de 'vergonha' e nega ter recebido 'dinheiro de bandido'

Líder religioso é alvo de investigação que apura esquema de corrupção

Brasil|Do R7, com Reuters

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Malafaia (foto) está no centro de lavagem de dinheiro
Malafaia (foto) está no centro de lavagem de dinheiro

Alvo da operação Timóteo, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal nesta sexta-feira (16), o pastor Silas Malafaia demonstrou indignação e disparou contra promotores e juízes. Em entrevista à Rádio Gaúcha antes mesmo de prestar depoimento, ele também negou ter recebido dinheiro sujo.

— Eu declaro aqui em nome de Deus, que eu creio, que eu sirvo, eu não recebi nenhum dinheiro de bandido, de ladrão. Estou declarando isso em nome de Jesus. [...] Isso é uma vergonha. Eu sei o que é isso, é que eu estou botando para quebrar, para poder dar limite a Ministério Público e a juiz.


O líder religioso, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, chamou as acusações de "canalhice" e "bandidagem". Disse ainda que estão tentando manchar a reputação dele. "Não sou moleque, não sou bandido", disse ele acrescentando que a igreja que comanda costuma receber "ofertas milionárias", mas que estão todas declaradas em seu Imposto de Renda.

Na operação de hoje, ele foi alvo de mandado de condução coercitiva. A determinação judicial foi para que o pastor fosse levado à força para depor. 


Malafaia é suspeito de usar contas de uma igreja em seu comando para lavar dinheiro de corrupção. Os valores teriam sido repassados pelo principal escritório de advocacia que participava do esquema.

A operação da PF ocorre em 11 Estados e no Distrito Federal. O esquema envolvia cobranças judiciais de royalties da exploração mineral. A Vale está entre as empresas prejudicadas.


Apenas em 2015 os valores recolhidos com os royalties de mineração, a chamada CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), chegaram a quase R$ 1,6 bilhão de reais, de acordo com a PF. A Justiça determinou bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar R$ 70 milhões.

Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia a participação de um diretor do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties. O suspeito oferecia os serviços de escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria a municípios com créditos junto a empresas de exploração mineral para participação na fraude.

O DNPM é um órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Procurado, o ministério não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a operação. A Vale disse que não vai comentar.

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