Ao abrir o congresso do PMDB, em Brasília, nesta terça-feira (17), o vice-presidente Michel Temer vai pregar a reunificação das forças políticas para superar a grave crise que o País atravessa e retomar a estabilidade institucional. Embora Temer tenha garantido na última segunda-feira (16), na reunião da coordenação política do governo, que o encontro não terá o objetivo de discutir o divórcio do PMDB com o Palácio do Planalto, ministros do PT sabem que a ala minoritária do partido promete barulho, defendendo até o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em agosto, quando a tensão política atingira o seu auge, Temer disse que o Brasil precisava de alguém capaz de "reunificar a todos". A frase foi interpretada no Planalto como um sinal de que o vice pretendia se cacifar para assumir o comando do País, aproximando-se do PSDB e dos empresários. Presidente do PMDB, Temer negou qualquer tipo de "conspiração", mas a propaganda de TV do partido, em setembro, deu mais uma demonstração de distanciamento entre o principal partido da coalizão e o governo Dilma.Leia mais notícias de Brasil e Política'Incêndio' Provocado ontem pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que quis saber qual seria o tom do congresso do PMDB, Temer respondeu que não haveria nenhum incêndio. — Podem ficar tranquilos. Temer garantiu que o encontro promovido pela Fundação Ulysses Guimarães não terá caráter deliberativo nem tratará de rompimento com o governo. — Nós vamos debater o programa econômico e sugerir propostas para o País.