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Temer considera pedir à GSI que grave todas as suas reuniões

Presidente foi gravado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que levou arquivo à PF

Brasil|

O presidente Michel Temer considera solicitar ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que passe a gravar todas as audiências públicas em que ele esteja presente, e disponibilizar os áudios para acesso público. Ele anunciou a possível medida em coletiva de imprensa na tarde deste domingo (27) junto aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros.

Esta é a solução pensada por Temer em resposta à atitude do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que afirmou à Polícia Federal (PF) ter gravado conversas com o próprio presidente, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima — que também pediu demissão esta semana.

Em depoimento à polícia, Calero afirmou que Geddel e Temer o pressionaram em nome de interesses particulares, pedindo para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), vinculado à pasta da Cultura, liberasse o embargo da obra de um prédio, em Salvador, onde Geddel possui um imóvel.

"Aproveitando essa gravação clandestina, ilógica, talvez façamos desse limão uma limonada institucional, fazendo com que todas as audiências públicas do presidente da república sejam todas gravadas", disse Temer.

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Temer ainda criticou Calero, afirmando que gravar o presidente da República é "desarrazoado", "indigno" e "gravíssimo".

— Eu jamais teria coragem.

A coletiva de imprensa foi convocada para anunciar um acordo entre Executivo e Legislativo contra a anistia ao caixa dois em campanhas eleitorais. A iniciativa visa dar uma mensagem de compromisso com o combate à corrupção num momento em que o próprio presidente da República enfrenta questionamentos éticos.

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