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Temer diz que Brasil reduziu 20% do desmatamento na Amazônia

Presidente discursou hoje na Assembleia Geral das Nações Unidas nos EUA

Brasil|Fernando Mellis, do R7

Presidente falou também sobre crise na Venezuela
Presidente falou também sobre crise na Venezuela

Em discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA), nesta terça-feira (19), o presidente Michel Temer falou sobre “o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável”, em uma resposta à comunidade internacional em relação à polêmica criada em torno da Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados), na Amazônia.

Ele afirmou que “o desmatamento nos preocupa, especialmente na Amazônia”.

Porém, destacou que “os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam a diminuição de mais de 20% do desmatamento naquela região”.

Temer se encontrou antes da abertura, na qual foi o primeiro a discursar, com o secretário-geral da ONU, António Guterres.


Ontem, Temer se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um jantar oferecido pelo norte-americano. Também estiveram presentes os presidentes do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, entre outros.

Venezuela


Ao final do encontro, o presidente brasileiro afirmou que um dos temas tratados foi a crise política na Venezuela. Ele falou em "continuar a pressão" para solucionar os problemas naquele país, mas sem interferência externa.

"Falou-se em sanções, mas são sanções verbais", acrescentou. Ele também lembrou que o Brasil e a Colômbia receberam boa parte dos refugiados venezuelanos. Somente em território brasileiro, são cerca de 30 mil, de acordo com o presidente. 


Sobre o país vizinho, Temer observou no discurso de hoje que "a situação dos direitos humanos na Venezuela continua a deteriorar-se".

"Estamos do lado do povo venezuelano. Já não há mais espaço para alternativas à democracia. É o que afirmamos no Mercosul, é o que seguiremos defendendo", acrescentou.

Armas nucleares

O presidente continua em Nova York onde ainda vai se reunir com líderes de países de língua portuguesa, com empresários e também vai assinar, na quarta-feira (20), um tratado que proíbe armas nucleares.

No discurso da Assembleia Geral, Temer abordou o assunto, dizendo que "o Brasil esteve entre os artífices do tratado" e que se trata de um "momento histórico". 

"O Brasil manifesta-se com a autoridade de quem dominando a tecnologia nuclear abriu mão, voluntariamente, de possuir armas nucleares. A própria Constituição veda o uso da tecnologia nuclear para fins não pacíficios", afirmou.

O presidente também repudiou os recentes testes nucleares realizados pela Coreia do Norte, os quais classificou de " grave ameaça a qual nenhum de nós pode estar indiferente". 

Economia brasileira

Ao final, Temer fez questão de transmitir o discurso de recuperação da economia brasileira. Ele falou que o País está "superando uma crise sem precedentes" e destacou a geração de empregos.

O peemedebista também ressaltou a tentativa de ajuste das contas públicas, uma das principais bandeiras do governo dele.

"Sem responsabilidade fiscal, a responsabilidade social não passa de discurso vazio".

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