O presidente Michel Temer disse que o Brasil passou por "brevíssimo período" de instabilidade política e que tem convicção que a medida de emenda constitucional que limita o aumento dos gastos públicos será aprovada.
— A medida está sendo processada com muita rapidez no Congresso.
Caso a medida do teto dos gastos estivesse aprovada há quatro anos, disse o dirigente, a situação fiscal no Brasil não estaria tão grave e não haveria déficit no país. Temer disse que recebeu hoje de manhã telefonemas de três líderes partidários falando que "fecharam questão" para votar a medida.
— Temos apoio significativo no Congresso Nacional.
O próximo passo, afirmou Temer, será a reforma da previdência, que será enviada em breve ao Congresso.
— Estamos preparando conversas para uma radical reforma do sistema previdenciário.
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Outra reforma caracterizada como prioritária é a adequação da legislação trabalhista, disse Temer, afirmando que isso vai gerar emprego. Temer disse que o Brasil enfrenta um déficit orçamentário muito grande, por conta de medidas que precisavam ter sido tomadas no governo de Dilma Rousseff e não foram. Além disso, o desemprego era outro ponto preocupante, com quase 12 milhões de desempregados. "Teríamos que enfrentar desde logo estas questões."
— Medidas que deveriam ter sido aprovadas há muito tempo e não foram e por isso geraram instabilidade no nosso país.
Ele frisou que agora é preciso ter "interlocução muito forte" entre o poder executivo e o legislativo para garantir o avanço das reformas.
— Desde o instante que assumi a presidência da República, nós levamos adiante projetos que estavam paralisados há mais de 11 meses, porque não havia relação entre legislativo e executivo.
Enquanto ficou interinamente no comando do Brasil, Temer disse que "tomou muito cuidado" com eventuais medidas que precisasse tomar para ajustar a economia.
— O que nós fizemos foi levar adiante projetos que julgávamos indispensáveis ao país.