Temer e Renan minimizam críticas e rumores de saída do PMDB do governo Dilma
Vice-presidente acalmou os ânimos e disse que colegas de partido devem 'colaborar com País'
Brasil|Rodrigo Vasconcelos, do R7, em Brasília
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), minimizaram as críticas a políticas econômicas e os rumores que pedem a saída do partido do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira (18).
Ao chegar ao congresso do partido, o vice-presidente foi ovacionado pelo público. Mesmo assim, ele reiterou que o PMDB não sairá da base do governo.
— Isso é natural. Temos que colaborar com o País. Mesmo as pessoas que querem saída do governo querem colaborar com o País, é um programa para o País. Tanto que eu digo que na política você tem valores, tem o valor do partido político, tem o valor governo e tem o valor País. O valor que deve prevalecer agora é o do País.
Entre as vozes fortes que pedem a saída dos peemedebistas do governo Dilma está o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também compareceu ao congresso da Fundação Ulysses Guimarães.
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No evento, o PMDB discute o conteúdo do documento “Uma ponte para o futuro”, no qual o partido faz duras críticas à política econômica e ao “desajuste fiscal” do governo. Mas para Renan Calheiros, o documento é uma forma do PMDB de contribuir para o Brasil sair da crise.
— O fundamental é o PMDB definir linha programática, estabelecer um programa, discutir com o partido. É uma proposta de programa para o Brasil. Precisamos sair dessa situação de crise, que tende a se agravar se não houver uma saída.
Pelo documento, que divide opiniões entre membros do partido, o PMDB sugere uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, além da reavaliação de políticas públicas, da prevalência de convenções coletivas sobre leis trabalhistas, e do fim da indexação de benefícios sociais ao salário mínimo.