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Tesoureiro do PT e ex-diretor da Petrobras Duque viram réus na Lava Jato

Brasil|

(Reuters) - O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná e responsável pelas ações da Operação Lava Jato, aceitou denúncia contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque por ligação com o esquema bilionário de corrupção na estatal.

Os dois agora são réus em processo acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

No total, quase 30 pessoas passam a ser réus em uma nova ação penal, que inclui o também ex-diretor Paulo Roberto Costa (Abastecimento), o ex-gerente Paulo Barusco e o doleiro Alberto Yousseff, acusado de ser um dos operadores do esquema.

Vaccari é acusado de receber doações oriundas da corrupção para o PT e, de acordo com o Ministério Público, tinha conhecimento da origem ilícita do dinheiro.

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Já Duque e Barusco são acusados de receber propina do esquema.

Moro afirmou que "a realização de doações eleitorais, ainda que registradas, com recursos provenientes de crime, configura, em tese, crime de lavagem de dinheiro".

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"Além disso, se, como afirma o MPF, as doações foram acertadas como parte da propina dirigida à Diretoria de Serviços, há igualmente participação de João Vaccari no crime de corrupção passiva", disse Moro na ação penal.

Em nota, o PT voltou a negar que Vaccari tenha participado de esquema de recebimento de propina ou de recurso de origem ilegal destinado ao partido.

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"Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores na ação aceita pela Justiça, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010", afirmou o partido em nota.

Com a aceitação de denúncia contra Duque, agora são três os ex-diretores da Petrobras que são réus em processos relacionados à Lava Jato.

Antes de Duque, Costa e o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró já respondiam a processo acusados de participação no esquema. Costa, inclusive, fechou acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução da pena.

O ex-diretor disse em depoimento à Justiça que algumas das maiores empreiteiras do país formaram cartel para conquistar contratos com a Petrobras e que pagavam propina a funcionários da estatal, operadores que lavavam o dinheiro do esquema, políticos e partidos.

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(Por Eduardo Simões)

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