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Último deputado a votar impeachment na Câmara promete "evitar feijoada e tomar muito cafezinho"

Ronaldo Lessa (PDT-AL) diz estar indeciso e cogita chance de dar voto de minerva no processo

Brasil|Raphael Hakime, do R7, em Brasília*

Ronaldo Lessa (PDT-AL) será o último a votar no impeachment
Ronaldo Lessa (PDT-AL) será o último a votar no impeachment

O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já tinha aplicado o Regimento Interno e o STF (Supremo Tribunal Federal) chancelou: a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff vai começar pelo Norte e vai em direção ao Sul, alternando os Estados.

Com isso, o último Estado a votar será Alagoas e, seguindo a ordem alfabética, caberá ao deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL) terminar o pleito, marcado para as 14h deste domingo (17).

— É bom ser o último porque estou indeciso, então a lista me ajudou muito porque tenho todo o período de votação para me decidir.

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Lessa sabe que deverá votar no final da noite, por volta de 21h ou 22h, uma vez que cada deputado terá 10 segundos para votar, mas o microfone não será cortado — o que deve arrastar a votação. Por isso, já se programou para ter uma alimentação leve no domingo.


— A liderança do partido serviu uma feijoada na sexta-feira, mas não vai dar para repetir no domingo. Espero que seja algo mais leve no almoço de domingo e vou tomar bastante cafezinho para aguentar.

O deputado, que já governou Alagoas de 1999 a 2006, sabe da sua responsabilidade, porque pode dar o voto derradeiro para aceitar ou rejeitar o impeachment de Dilma.


— Pode não ter importância ser o último a votar porque [a votação] pode chegar decidida. Ou meu voto pode ser fundamental para decidir a questão.

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O partido de Lessa, o PDT, resolveu fechar questão contra o impeachment de Dilma, mas existem discussões para flexibilizar essa orientação.

— Três deputados já disseram que vão votar a favor e podem ser expulsos. Ainda somos outros cinco indecisos. Particularmente, a tendência é eu votar contra o impeachment. Estou sendo xingado no WhatsApp e no e-mail, mas eu quero errar o mínimo possível. Dilma não é uma ladra, então vou pensar duas ou três vezes.

Neste domingo, os deputados votam o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. São necessários 342 votos a favor para a aprovação do texto. Já o governo busca 172 votos para barrar o processo e manter a petista na Presidência da República.

*Colaborou Rodrigo Vilela, estagiário da TV Record Brasília

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