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Advogados protestam pelo retorno de atendimento presencial no TJDFT

A classe se reuniu nesta terça-feira (26) na sede do Tribunal solicitando o retorno de audiências e outros serviços presenciais

Brasília|Karla Beatryz*, do R7, em Brasília

A movimentação durou certa de 1h em frente à sede do Tribunal de Justiça do DF e Territórios
A movimentação durou certa de 1h em frente à sede do Tribunal de Justiça do DF e Territórios A movimentação durou certa de 1h em frente à sede do Tribunal de Justiça do DF e Territórios

Um grupo de advogados da capital federal se manifestou, na manhã desta terça-feira (26), em frente ao Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) para pedir o retorno do atendimento presencial aos profissionais. Para a classe, os recursos virtuais são limitados, dificultando o acesso dos advogados aos juízes e desembargadores e prejudicando a população.

O movimento, encabeçado pela advogada Thais Riedel, não quer o encerramento do atendimento on-line, mas pede a reabertura dos fóruns para que os dois tipos de serviço funcionem simultaneamente. Ericsson Medeiros, advogado há cinco anos, diz que o acesso aos locais é essencial para o exercício da profissão. “A sociedade está sendo prejudicada e as nossas prerrogativas sendo violadas. Às vezes, a situação é extremamente urgente, mas as petições on-line não demonstram isso”, afirma.

Outra demanda é a possibilidade de os fóruns disponibilizarem um lugar com computadores para as pessoas que têm acesso limitado à internet participem de audiências. 

São questões extremamente relevantes para atender às necessidades da sociedade. Quem leva a demanda são os advogados%2C e esse contato sem as audiências presenciais não está sendo suficiente.

(Ericsson Medeiros, advogado)

Daiane Evangelista, advogada há oito anos, acredita que algumas questões precisam ser resolvidas pessoalmente. Segundo ela, os clientes têm se queixado da forma de atendimento, em especial em relação às audiências criminais. “Eles acham que são muito prejudicados, porque o atendimento é feito dentro do presídio. Quando acontece a condenação, eles acreditam que a culpa é toda do advogado e que eles foram lesados’’, conta. 

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As advogadas Rosane Messa Fay e Rosalva Fishcer Pain também destacam que nem todos os clientes têm acesso a telefone e internet para acessar os defensores. Além disso, elas reclamam que nem todos os colegas têm instrução tecnológica adequada para realizar as demandas pela internet.

“A coletividade de advogados está sofrendo. Apesar de alguns não enfrentarem problemas, a grande maioria tem dificuldades. Não estamos pedindo o fim do atendimento virtual, mas o respeito às prerrogativas. O advogado tem o direito de ser atendido pelo juiz", afirma a advogada Helena Lariucci.

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Ao R7, o TJDFT informou que desde o início das atividades virtuais tem mantido a eficácia do atendimento. ‘’Temos disponibilizado vários canais de atendimento às partes, advogados e membros da Defensoria e Ministério Público. Entre eles, o atendimento por e-mail e Whatsapp desde o início da pandemia’’.

Além das redes, um canal exclusivo para atendimento por agendamento de advogados e membros da Defensoria e do Ministério Público foi criado. Segundo o tribunal, há ainda o Balcão Virtual, onde o público em geral e os profissionais da área podem solicitar diversos tipos de atendimento.

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Mais de 50 mil advogados atuam na capital, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Distrito Federal (OAB-DF).

* Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro.

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