A Universidade de Brasília (UnB) informou que vai instalar 20 totens de segurança que serão distribuídos pelos 4 campi. Dois equipamentos de teste já serão colocados em pontos considerados sensíveis nos próximos dias. O totem tem um botão de emergência e quem se sentir ameaçado poderá acionar a segurança, que irá ao local para socorrer a vítima.
A medida foi anunciada depois que veio à tona uma denúncia de estupro de uma estudante de 18 anos dentro da universidade, na última sexta-feira (8), mas, segundo a UnB, já estava em preparação antes da ocorrência. A jovem teria sido ameçada por um homem armado com um canivete quando saía do Restaurante Universitário (RU), por volta das 19h30.
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Ao conseguir fugir do agressor, ela contou que pediu ajuda a um professor que estava em uma sala de aula na Faculdade de Educação. Ele chamou a Polícia Militar. No dia seguinte, o homem apontado pela vítima como autor da violência se apresentou à universidade e relatou uma versão divergente do caso.
Depois, ele prestou depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I). Nem a Polícia Civil nem a UnB detalharam a declaração do suspeito.
Manifestação
Nesta segunda-feira (11), o coletivo Juntas-DF promoveu uma manifestação na UnB, para cobrar mais medidas de segurança. Os estudantes se concentraram no Ceubinho e depois marcharam em direção ao prédio da reitoria.
No início do semestre letivo presencial, outra estudante, de 22 anos, foi filmada e fotografada por um homem enquanto usava o banheiro no Instituto Central de Ciência (ICC Sul).
Comitê de Segurança
Em 2017, a UnB reativou o Comitê de Segurança do campus para planejar estratégias que visam reforçar a segurança na instituição. O circuito de monitoramento por vídeos tem mais de 500 câmeras, colocadas em pontos sensíveis, como vias de acesso e paradas de ônibus.
No ano seguinte, uma pesquisa sobre a percepção de violência contra mulheres na UnB mostrou que 34% das mulheres entrevistadas já tinham sofrido algum tipo de violência, desde moral até sexual, no campus. Segundo a instituição, depois da medida, as ocorrências caíram 86% entre 2018 e 2019.