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Alunos da UnB protestam contra caso de estupro no campus 

Manifestantes cobram iluminação e recontratação de segurança terceirizada; estudante denunciou ter sido violentada na sexta-feira

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Estudantes protestando na UnB
Estudantes protestando na UnB Estudantes protestando na UnB

Após uma estudante de 18 anos denunciar ter sido estuprada dentro da Universidade de Brasília (UnB) na semana passada, estudantes se reuniram no campus para protestar contra a insegurança na unidade Darcy Ribeiro, na Asa Norte.

Dezenas de mulheres, e também homens, se concentraram no Ceubinho, localizado na Ala Norte do Instituto Central de Ciências (ICC) e marcharam em direção ao prédio da Reitoria.

"Nós estamos pedindo pelo mínimo, é segurança. A universidade pública, não foi pensada, a priori, para ser ocupada por mulheres", disse a militante do coletivo Juntas-DF Luísa Valadares.

"Nós pedimos segurança de qualidade, câmeras funcionando, circuito inteligente. É assim que se faz segurança efetiva, não só dentro dos prédios, mas nos espaços entre os prédios". A estudante também cobrou mais iluminação e recontratação de servidores terceirizados demitidos. "Precisamos dos seguranças de volta aqui dentro."

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Violência de gênero

Na última sexta-feira (8), uma jovem de 18 anos contou que foi violentada por volta das 19h30, nas proximidades do Restaurante Universitário (RU). O trajeto entre o RU e o minhocão é pouco iluminado.

Após as denúncias, o homem apontado pela vítima como o agressor se apresentou à UnB e apresentou uma versão diferente. A institução não detalhou a declaração dele. Ele também prestou depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I).

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Reforço na segurança

Desde a retoma 100% presencial das aulas na universidade, em junho, esse é o segundo caso de violência de gênero que vem à tona. No mês passado, logo no início do semestre, outra estudante, de 22 anos, denunciou que foi filmada e fotografada pela janela por um homem enquanto usava o banheiro no ICC Sul.

Procurada, a Universidade de Brasília informou que vai instalar, nos próximos dias, 2 totens de segurança no campus, para quem se sentir ameaçado, acionar o botão para pedir ajuda. Outros 14 devem ser distrubuídos pelos prédios. Além disso, o circuito de monitoramento por vídeos tem mais de 500 câmeras, colocadas em pontos sensíveis, como vias de acesso e paradas de ônibus.

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As imagens do caso em questão foram entregues pela UnB à polícia. Em 2017, a universidade reativou o Comitê de Segurança do campus para planejar estratégias que visam reforçar a segurança na instituição. Segundo a universidade, depois da medida, as ocorrências caíram 86% entre 2018 e 2019.

Insegurança

Em 2018, uma pesquisa sobre a percepção de violência contra mulheres na UnB mostrou que 34% das mulheres entrevistadas já tinham sofrido algum tipo de violência, desde moral à sexual, no campus.

Em março de 2016, a estudante de biologia Louise Ribeiro foi assassinada dentro de um laboratório pelo ex-namorado após ser dopada com clorofórmio. Vinícius Neres foi preso depois de confessar o crime. Dois anos depois, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri a 23 anos de prisão.

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