Barroso afirma que falava do extremismo de 8 de janeiro ao dizer ‘derrotamos o bolsonarismo’
Em nota, ministro diz que jamais pretendeu ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quinta-feira (13) que a declaração sobre “derrotar o bolsonarismo” se referia ao extremismo violento que se manifestou no 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram destruídas.
A declaração de Barroso sobre o bolsonarismo foi feita na noite de quarta-feira (12), durante o 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília.
“Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e pela discordância, porque essa é a democracia que nós conquistamos. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse ele na ocasião.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
Em nota divulgada nesta quinta, o ministro disse que não quis ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nem criticar o que chamou de uma visão de mundo conservadora e democrática. “Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”, afirmou.
A retratação de Barroso veio depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou o comentário do ministro. Para Pacheco, a fala foi "inadequada, inoportuna e infeliz".
Pacheco também disse que espera uma "reflexão" de Barroso sobre a fala. "Todos nós temos o direito de errar e de ter uma fala infeliz em algum momento. O ministro Barroso tem excelentes qualidades", disse.