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R7 Brasília

Ginecologista suspeito de abusar de 12 pacientes durante exames é preso no Entorno do DF

Vítima disse que médico pediu abraço após suposto abuso; advogados do profissional teriam tentado um acordo extrajudicial

Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Josiane Ricardo, da Record TV, em Brasília

Médico foi preso em Formosa (GO), entorno do DF
Médico foi preso em Formosa (GO), entorno do DF

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o ginecologista Celso Satoru Kurike por suspeita de crimes de violação sexual mediante fraude. O profissional foi encontrado em Formosa (GO), no Entorno do DF. Os policiais usaram um helicóptero durante a operação, além de apoio terrestre (veja vídeo abaixo). O R7 tenta contato com a defesa do médico e com o Conselho Regional de Medicina do DF.

Ao menos 12 mulheres — com idade entre 18 e 26 anos — procuraram diferentes delegacias do DF para denunciar o profissional. Os supostos abusos ocorreram entre 2012 e 2021.

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Os relatos são parecidos: as vítimas contam que, durante procedimentos, o homem começava a fazer perguntas de cunho sexual, além de tocar o corpo das pacientes com clara conotação sexual. Uma das mulheres disse à polícia que o médico chegou a pedir um abraço após cometer os supostos abusos.

Na despedida%2C o médico disse%3A 'Me dá um abraço%3F'. [A vítima] respondeu em seguida%3A 'Não%2C eu vou embora'. Mas o médico só deixou a declarante ir depois que ela deu o abraço nele.

(Rejane*)

Outra paciente contou que os procedimentos eram realizados somente com o médico suspeito na sala. "Nenhuma assistente entrou na sala em que ocorreu o atendimento." A paciente relatou que percebeu que algo estava errado e foi ao banheiro se trocar. Ao sair, o profissional estava esperando por ela.


O médico já estava com o pedido de exames na mão%2C entregou o cartão dele à declarante e disse%3A 'Foi um prazer'%2C em um tom que pareceu muito maldoso%2C segundo a declarante.

(Neuza*)

Uma das vítimas, Paula*, revelou que, após a denúncia, recebeu uma ligação da defesa do médico. Durante a conversa, uma das advogadas tentou convencer a mulher a resolver a situação em um acordo extrajudicial.

Você poderia nos dar uma possibilidade%2C né%3F Você poderia nos dar%2C eu aceito tanto%2C é valor pecuniário mesmo.

(Advogada do médico para Paula*)

No áudio apresentado à polícia, a vítima fala que não aceita o acordo e que vai continuar com o processo judicial. A advogada então pede para que ela "pense direitinho."


Tem um processo judicial que é longo%2C é desgastante%2C tem um monte de coisa e às vezes chega no final. Eu sei porque eu já fui dos dois lados%2C eu já estive do lado de cá e do lado de lá%2C e acaba que não%2C o resultado não é exatamente o que você espera%2C e nesse caso aqui a gente pode resolver tudo extrajudicialmente.

(Advogada do médico para Paula*)

A assistente do médico também foi ouvida pela polícia e garantiu que estava presente no exame de uma das pacientes. "Na hora do procedimento ele me manda uma mensagem, via nosso sistema que temos, né, comunicação pessoal, aí entro para poder auxiliar o Dr. na coleta", contou.

*Nomes fictícios para preservar a identidade das vítimas

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