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Guedes antecipa ganho real de 16% na arrecadação em janeiro 

Ministro afirmou que o Brasil está em recuperação acelerada, mesmo em meio à tendência de inflação em crescimento

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Guedes vê crescimento brasileiro em 2022 e não dá indicação de aumentos salariais
Guedes vê crescimento brasileiro em 2022 e não dá indicação de aumentos salariais Guedes vê crescimento brasileiro em 2022 e não dá indicação de aumentos salariais

O Brasil registrou, em janeiro, um ganho real de 16% em arrecadação. É o que antecipou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante participação em evento do BTG Pactual, nesta terça-feira (22). O balanço com os detalhes do primeiro mês de 2022 deve ser divulgado nos próximos dias, completou o economista. 

"A arrecadação sai agora, nos próximos dois dias. Dezesseis por cento de crescimento real, ou seja, continua o ritmo de crescimento de atividade forte", afirmou Guedes. Ele admitiu que a escalada poderia ter sido maior. "Estamos saindo de 4,5%, mas poderia ter crescido 5,5% se não tivéssemos removido os estímulos fiscais e monetários."

Ainda que as previsões mostrem uma tendência de crescimento da inflação brasileira, Guedes alegou que os analistas vão errar ao apostar que o país registrará quedas. "Foi a maior crise econômica desde a grande depressão. Todos os países afundaram e o Brasil caiu menos, voltou mais rápido e devolveu os estímulos mais rápido que todo mundo. É o único país que está em pé de novo como estava antes da pandemia chegar", defendeu.

Guedes citou que o desemprego estava em 12%, antes da crise sanitária. O índice subiu para 14,5% e voltou para 11,6%, disse. Os gastos estavam 19,5% do PIB, foram a 26,5% e estão a 18,6%. Segundo ele, o déficit passou de 2% para 1% no período que antecedeu a pandemia, disparando para 10,5% do PIB durante a crise e chegando a 0,4%. O aumento na dívida foi de 76% do PIB para 80%, "quando diziam que ia a 100%". "Os analistas se equivocaram dramaticamente porque se contaminaram pela bolha política, pela barulheira política, e se perderam. Enquanto isso a revolução silenciosa continua em todas as dimensões."

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A equipe econômica considera parte do que o ministro chama de revolução a Reforma da Previdência, o estímulo às privatizações, as mudanças nos marcos regulatórios e o travamento das despesas com pessoal. "Quando nós fizemos esse grande movimento e, de outro lado, travamos as despesas, interrompemos reajustes salariais, fizemos em 16 meses o que quem passou pelo governo levou 16 anos para fazer. Sair de um déficit de 10,5% do PIB para 0", afirmou Guedes. 

Reajustes salariais

Enquanto o governo federal enfrenta forte pressão por aumentos salariais, após os congelamentos, Guedes não dá sinais de que haverá ações para atender a essas reivindicações. Apesar de o presidente Jair Bolsonaro defender reajustes para a classe policial, o ministro argumentou que uma escalada de concessões vai anular ganhos conquistados durante a pandemia. 

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"Perdas salariais foram sofridas no mundo inteiro, não só salariais, mas de capital", justificou Guedes. "Estamos em um momento crítico. Vamos anular esses ganhos em uma escalada de reajuste, buscando reposições salariais? Vai chegar em um momento como esse e dizer o seguinte: 'já tomei minha vacina, me dá meu dinheiro de volta, quero uma reposição'. Agora nós vamos com a ideia de buscar a reposição, mergulhar em um passado tenebroso?", indagou.

Na avaliação do ministro, as reposições têm potencial de trazer uma nova escalada da inflação. Sem elas, "vamos observar a inflação descendo e todas as revisões de crescimento para cima, ao longo do ano inteiro. Os analistas vão errar de novo", disse. 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou, nesta segunda-feira (21), que a tendência de inflação no Brasil ainda é crescente, com previsão de pico de alta dos preços em abril e maio, ainda uma das mais altas do mundo. "O Brasil teve a maior inflação de energia do mundo em 2021", mencionou Campos Neto. 

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