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Guedes critica TCU: 'sempre tem um problema em privatização'

Declaração ocorreu nesta quarta-feira (15) em evento enquanto o ministro da Economia falava sobre a estatal Eletrobras

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Paulo Guedes, ministro da Economia
Paulo Guedes, ministro da Economia Paulo Guedes, ministro da Economia

Diante do impasse com a privatização da Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quarta-feira (15), que "sempre tem um problema no caminho da desestatização".

"Hoje tem vários exemplos de estatais, a Eletrobrás é um ótimo exemplo, hoje, atual, porque mais uma vez houve problema, sempre tem um problema no caminho da desestatização. Às vezes é o Supremo, às vezes é o TCU, às vezes é o Congresso. É uma inércia, é uma tentativa de se apegar ao passado que não deu certo", afirmou.

"É uma empresa que precisa de R$ 15,5 bilhões de investimento todo ano só para manter a fatia do mercado. E ela não consegue investir mais que R$ 3,5 [bilhões], 20% do valor que ela precisa. Ela está condenada à irrelevância no tempo. E o Brasil não consegue crescer, porque se crescer, vai faltar água. Temos que rezar para chover porque se não ia faltar energia. É um modelo exaurido, acabou", acrescentou.

As declarações foram dadas por Guedes durante o evento Moderniza Brasil, realizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República e que ocorreu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista.

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A privatização da Eletrobras é alvo de processo que tramita atualmente no TCU. No início deste mês, o relator, ministro Aroldo Cedraz, pediu informações adicionais ao Ministério de Minas e Energia e condicionou pautar o processo às respostas. Em despacho, apontou uma falha de R$ 16 bilhões na modelagem econômico-financeira e negou pedidos feitos pela pasta.

A Eletrobras é uma sociedade de economia mista e de capital aberto, que tem o governo federal como controlador acionário. A estatal é a maior geradora de energia elétrica do Brasil, com um terço de todo o parque gerador, e maior transmissora do país, com quase a metade das linhas e subestações.

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FMI

Na sequência de sua fala, Guedes criticou o trabalho feito por integrantes do FMI (Fundo Monetário Internacional). O ministro informou que assinou na semana passada dispensa dos funcionários da organização no Brasil porque realizaram previsões erradas sobre a economia brasileira.

"Nós estamos até, dizer até com muita delicadeza, que estamos dispensando a missão do FMI. Eles vieram há muito tempo porque tinha o que fazer, [o país] vivia sempre em desequilíbrio, e nós estamos dispensando. Eu até assinei, uma semana atrás, a dispensa. Vieram aqui para prever uma queda de 9,7 e que a Inglaterra ia cair 4. Nós caímos 4 e a Inglaterra, 9,7. Achei melhor fazer previsão em outro lugar", disse, sendo fortemente aplaudido pela plateia formada por empresários.

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