O aposentado da Aeronáutica Danilo Dantas de Lima, de 66 anos, deixou o frio de lado e foi nadar no Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, mesmo com o termômetro marcando 3°C na manhã desta quinta-feira (19).
O Distrito Federal registrou a menor temperatura da história na madrugada desta quinta. Em Ponte Alta, no Gama, o termômetro marcou 1,4°C. Mas o frio não foi capaz de intimidar Danilo, que há 25 anos nada todos os dias às 6h.
Sozinho ou com os amigos, o idoso atleta não abandona o ritual. “Aqui em casa todo mundo se banha com água quente, eu sou o único que encaro a gelada”, contou.
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Sem gripe e sem covid
Competidor de natação de vários torneios no Brasil e no mundo, Danilo disse que o contato diário com a água gelada trouxe mais disposição para o seu dia a dia e mais saúde. “Há 15 anos eu não fico gripado. Covid-19 aqui em casa pegaram todos, menos eu”, comentou.
Feliz com a prática, ele disse acreditar que a natação fortaleceu seu sistema imunológico. “Eu tomei todas as vacinas, não deixei de me cuidar. Mas nadar em água gelada me trouxe mais vitalidade.”
Frio demais pode desviar o sangue
Segundo o primeiro secretário do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, Farid Buitrago, o organismo humano funciona muito bem no frio, desde que esteja protegido.
"O corpo exposto em temperaturas muito baixas pode desviar o sangue que mantém o funcionamento dos principais órgãos como cérebro, coração e fígado", destaca.
O especialista aconselha beber bastante água, manter-se agasalhado e proteger as extremidades do corpo, principalmente àqueles que têm problemas reumatológicos e circulatórios graves."Recomendamos o uso de luvas e meias mais quentes para manter pés e mãos bem aquecidos", ressaltou.
*Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro.